Explosões: Bolsonaro posa de pacifista e lamenta “fato isolado”
"Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente", diz ex-presidente em mensagem "pela pacificação"
O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou um texto “pela pacificação” após um homem detonar artefatos explosivos na Praça dos Três Poderes e morrer durante a ação.
“Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão”, diz Bolsonaro em postagem seu seu perfil no X.
O texto segue:
“Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação.”
“Pacificação nacional“
Segundo Bolsonaro, “as instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união”.
“Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil”, finaliza o texto.
Lei da Anistia
Integrantes do PL, partido de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, temem que a morte na Praça dos Três Poderes contamine o debate em torno do PL da Anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro.
Autor da ação, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é conhecido nas redes sociais como Tiü França e foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, em Santa Catarina, durante as eleições municipais de 2020.
Na época, Francisco era filiado ao PL. Por isso, nas redes sociais, houve a tentativa de vinculá-lo ao grupo político de Jair Bolsonaro, apesar de o ex-presidente ter chegado ao partido apenas em 2021.
“Não foi um ataque ao STF ou à Câmara dos deputados“
Apoiadores de Bolsonaro refutam nas redes sociais as alegações de que há vínculo entre ele e o que ocorreu na noite de quarta-feira na Praça dos Três Poderes.
“Não foi um ataque ao STF ou à Câmara dos deputados! Um homem decidiu tirar a própria vida na praça dos 3 poderes usando um artefato explosivo. Um ato de desespero de alguém com claro distúrbio mental”, disse o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
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Comentários (3)
Luis Eduardo Rezende Caracik
14.11.2024 11:29Me desculpe o comentário chulo, Bolsonaro, mas esta de "Peidei, mas não fui eu!" não cola. Você é o maior responsável pela polarização e extremismos, e tudo o que quer agora é que este episódio não agrave ainda mais sua responsabilidade sobre o ocorrido em 08/01, manter viva a esperança da anistia para sua inelegibilidade, o que, espero, não ocorra.
Fabio B
14.11.2024 09:59Tantos os trouxas que foram presos como esse doente mental juntam na lista dos que covardemente foram levados ao erro pelos oportunistas e aproveitadores influenciadores bolsonaristas.
Ita
14.11.2024 09:30Papel/rede social aceita tudo, pode-se falar qualquer coisa sem que seja verdade. Bolsonaro é, sempre foi incendiário; pousar de pacifista é piada, está tentando influenciar futuras decisões da Justiça.