EXCLUSIVO: senador aliado de Alcolumbre liderou alocação de verba extra do MDR em Minas
Minas Gerais foi o estado que conseguiu a maior quantidade de convênios com o Ministério do Desenvolvimento Regional por meio do direcionamento de verbas extras para o ‘grupo VIP’ do Congresso, revelado por O Antagonista. Foram 311 convênios -- um a mais que o total de São Paulo --, somando R$ 169,6 milhões de reais empenhados entre 11 e 31 de dezembro do ano passado...
Minas Gerais foi o estado que conseguiu a maior quantidade de convênios com o Ministério do Desenvolvimento Regional por meio do direcionamento de verbas extras para o ‘grupo VIP’ do Congresso, revelado por O Antagonista.
Foram 311 convênios — um a mais que o total de São Paulo –, somando R$ 169,6 milhões empenhados entre 11 e 31 de dezembro do ano passado.
Por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI) e cruzando com dados do Portal da Transparência, a reportagem conseguiu identificar o destino final desses recursos, que não são contabilizados entre as chamadas emendas impositivas.
A maior parte dos municípios mineiros beneficiados recebeu entre R$ 250 mil e R$ 700 mil cada, para serviços como “criação de calçadão”, “pavimentação asfáltica” e “revitalização de praças públicas”.
A cidade que mais recebeu esses recursos negociados sem o mínimo de transparência quanto aos critérios utilizados pelo MDR foi Guaxupé: R$ 5 milhões para “pavimentação de estrada vicinal”.
O Antagonista apurou que, em Minas, o senador Rodrigo Pacheco, do mesmo DEM de Davi Alcolumbre, foi o principal articulador das verbas extras.
“Fiz diversos encaminhamentos de diversos municípios a todos os ministérios, inclusive o Ministério do Desenvolvimento Regional. Boa parte foi atendida. Não há nada de não republicano nisso”, comentou com o site Pacheco.
Ele afirmou que não recebeu nenhum “tratamento especial”.
O senador Carlos Viana (PSD), seu colega de bancada, disse que não participou das negociações para as assinaturas desses convênios no fim de 2019.
“Isso foi o pessoal mais aliado ao Davi, não fomos nós. Pelo jeito, a negociação privilegiou um grupo muito pequeno. Ficou muito desigual a distribuição.”
O senador Antonio Anastasia, recém-filiado ao PSD e primeiro-vice-presidente do Senado, não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre o assunto.
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