Exclusivo: leia a cronologia dos fatos da Black Flag
A Operação Black Flag, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje, apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro envolvendo R$ 2,5 bilhões. Segundo a PF, grupo criminoso criava identidades falsas e empresas-fantasma para movimentar valores recebidos a partir de financiamentos da agência de fomento do governo de São Paulo, a Desenvolve SP, e da Caixa Econômica Federal...
A Operação Black Flag, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje, apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro envolvendo R$ 2,5 bilhões. Segundo a PF, um grupo criminoso criava identidades falsas e empresas-fantasma para movimentar valores recebidos a partir de financiamentos da agência de fomento do governo de São Paulo, a Desenvolve SP, e da Caixa Econômica Federal.
Foram cumpridos 15 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão em 11 cidades de três estados (São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará) e do Distrito Federal.
No inquérito, ao qual O Antagonista teve acesso com exclusividade, a PF definiu a cronologia dos fatos. Confira abaixo:
- Entre 19 de novembro de 2010 e 16 de agosto de 2012, o suposto grupo criminoso teria conseguido R$ 69 milhões em financiamentos na agência de fomento do governo de São Paulo, a Desenvolve SP. Aqui, diz a PF, foi usada a empresa Lionfer Indústria Metalúrgica.
- Em julho de 2011, a empresa Lionfer Indústria Metalúrgica teria sido usada para receber R$ 2,5 milhões da Caixa Econômica Federal.
- Entre 19 de novembro de 2010 e 16 de agosto de 2012, usou a Lionfer Indústria Metalúrgica para fazer depósitos na conta de Mayara Bianchi, esposa de Rodolfo Toni, totalizando R$ 3 milhões.
- De 2011 a 2013, o suposto grupo criminosos teria criado as empresas-fantasma OL – Indústria Metalúrgica; Capital Brasil – Investimentos e Participações Ltda; LIM – Tecnologia de Cortes, Soldas e Usinagens Ltda e Flixeten Sociedad Anonima. O objetivo, segundo a PF, seria “simular transações comerciais com o Grupo Lionfer, visando dissimular a apropriação dos valores obtidos perante instituições financeiras”.
- Entre novembro de 2010 e agosto de 2012, o suposto grupo criminoso teria criado as empresas AT&T do Brasil – Investimentos e Participações Ltda e AT&T do Brasil – Property Division Ltda. A PF diz que essas companhias-fantasma foram abertas “para recebimento de valores do Grupo Lionfer, visando blindar seu patrimônio e utilizar tais pessoas jurídicas na lavagem de capitais”.
- De 2013 em diante, diz a PF, o grupo criminosos passou a criar empresas voltadas ao ramo de energia. “Todas de suposta propriedade da offshore Sandylon Investments […] para reintroduzir os valores provenientes dos financiamentos fraudulentos”. O dinheiro, afirmam as autoridades, foi usado para adquirir bens e obter novos financiamentos fraudulentos.
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