Exclusivo: ‘Amigo de balada’ de Aécio citado na Lava Jato aparece como sócio de empresa não-operacional comprada pela Vale
Como O Antagonista revelou há pouco, a Vale comprou, em dezembro, por US$ 500 milhões - ou R$ 1,8 bilhão - uma empresa não-operacional para reprocessar rejeitos minerários a seco. Até 2017, conforme balanço patrimonial disponível, a New Steel tinha entre seus principais sócios a empresa GN da Barra Empreendimentos, com pouco mais de 20% das ações...
Como O Antagonista revelou há pouco, a Vale comprou, em dezembro, por US$ 500 milhões – ou R$ 1,8 bilhão – uma empresa não-operacional para reprocessar rejeitos minerários a seco.
Até 2017, conforme balanço patrimonial disponível, a New Steel tinha entre seus principais sócios a empresa GN da Barra Empreendimentos, com pouco mais de 20% das ações.
A GN da Barra Empreendimentos pertence à Cemar Consultoria Ltda, de Marcelo Soares Pereira, mais conhecido no ‘jet set’ carioca como Tuca Maia.
Citado na Lava Jato, mas nunca investigado, Tuca Maia é figura corrente nas colunas sociais, marcando presença em festas e viagens ao lado de Aécio Neves – que teria sido responsável pela indicação do atual presidente da Vale, Fabio Schvartsman – e de outros empresários amigos enrolados na Justiça.
Em sua delação, homologada em 2017, o ex-deputado Pedro Corrêa cita Tuca Maia em episódio envolvendo o pagamento de propina a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Segundo Corrêa, o empresário propôs vender à estatal 45 milhões de litros de “álcool anidro infectado”. Em troca, teria pagado propina de R$ 4,8 milhões ou 5% do negócio.
Na delação, o ex-deputado disse ainda que o dinheiro teria sido repassado pela destilaria Dínamo à empresa 2S Participações, do então publicitário Marcos Valério.
“Petrolão e mensalão eram uma coisa só”, disse Corrêa.
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