Ex-mulher de Wassef pegou 10 milhões em banco dos irmãos Batista e deu lote em brejo como garantia
A empresária Cristina Boner, ex-mulher de Frederick Wassef, obteve um empréstimo de R$ 10 milhões junto ao Banco Original em 2015, dando como garantia um lote num brejo em Atibaia. O mesmo terreno também serviu para conseguir, anos antes, um financiamento de R$ 5 milhões no BMG - envolvido no mensalão...
A empresária Cristina Boner, ex-mulher de Frederick Wassef, obteve um empréstimo de R$ 10 milhões junto ao Banco Original em 2015, dando como garantia um lote num brejo em Atibaia. O mesmo terreno também serviu para conseguir, anos antes, um financiamento de R$ 5 milhões no BMG – envolvido no mensalão.
A escritura do imóvel, obtida por O Antagonista, mostra que a operação financeira com o banco dos irmãos Joesley e Wesley Batista foi refeita pelo menos cinco vezes.
O primeiro contrato, fechado em junho de 2015, sofreu um aditivo seis meses depois, com alterações em relação à taxa de juros e ao vencimento das parcelas pactuadas. Um mês depois, em 24 de fevereiro, o negócio foi cancelado e refeito sob novas condições.
O novo contrato de financiamento, garantido pelo mesmo imóvel, ganhou ainda dois aditivos (um em agosto de 2016 e outro em julho de 2017) postergando o vencimento das parcelas, de 2017 para 2019.
Nas diversas alterações, Boner usou as empresas Compusoftware e BR2B (citada na Lava Jato) para a obtenção da linha de crédito, e a Drexell do Brasil, outra companhia do grupo, como avalista. Na última alteração, o terreno de Atibaia foi avaliado em R$ 11,7 milhões.
O mesmo lote foi adquirido por R$ 2,9 milhões de Frederick Wassef em 2010. O valor comercial, porém, é questionável, pois trata-se de uma área de brejo em frente ao rio Atibaia e que está quase sempre alagada.
Como Crusoé revelou na semana passada, Wassef recebeu da JBS cerca de R$ 9 milhões desde 2015 e, no ano passado, o advogado foi à PGR para tratar do acordo de colaboração premiada do grupo – cuja rescisão está para ser julgada no Supremo.
A JBS garante que o advogado apenas prestou serviços em inquéritos policiais e que possui outros advogados constituídos para tratar da delação. Procurada, Boner não se manifestou.
O Banco Original informou que, por questões relacionadas ao sigilo bancário, “não está autorizado a dar informações sobre clientes ou operações bancárias”.
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