Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro deve assumir cargo estratégico no TSE
O general da reserva do Exército Fernando Azevedo (foto), que comandou o Ministério da Defesa de Jair Bolsonaro até março deste ano, deve assumir em fevereiro do ano que vem o cargo de novo diretor-geral do TSE. A informação foi confirmada por O Antagonista...
O general da reserva do Exército Fernando Azevedo (foto), que comandou o Ministério da Defesa de Jair Bolsonaro até março deste ano, deve assumir em fevereiro do ano que vem o cargo de novo diretor-geral do TSE. A informação foi confirmada por O Antagonista.
A ideia é levar as Forças Armadas para ajudar na credibilidade do processo eleitoral. Com um representante por lá, daria maior confiabilidade no sistema, por exemplo.
Neste ano, Bolsonaro fez sucessivos ataques à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro. Barroso, presidente do TSE, tem ressaltado a segurança das urnas e minimizado os ataques ao sistema eleitoral, afirmando que tem “insistido” que os partidos compareçam aos testes de segurança e às fiscalizações do processo eleitoral.
Em agosto, Barroso pediu ao governo federal a indicação de um representante das Forças Armadas para a comissão de transparência das eleições. A criação desse grupo é uma das medidas anunciadas pelo TSE para reforçar a transparência e a confiança dos eleitores na segurança das urnas.
Enquanto esteve no cargo de ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva manteve-se em equilíbrio difícil entre os movimentos autoritários de Jair Bolsonaro e a preservação da missão constitucional das Forças Armadas.
Em março, O Antagonista perguntou a um importante integrante do governo de Jair Bolsonaro por que Fernando Azevedo e Silva pediu demissão do Ministério da Defesa. Ele pediu reserva e respondeu: “Em linguagem clara: perdeu o saco com essa loucura toda.”
A saída de Fernando Azevedo e Silva da Defesa pegou ministros do STF de surpresa, que não gostaram da mudança. A pessoas próximas, Luiz Fux disse na época que o general saiu porque estava insatisfeito, não era ouvido, e porque se recusou a politizar as Forças Armadas.
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