Ex-assessora de líder do governo Bolsonaro na Câmara é alvo da PF
Priscila trabalhou com o Major, que era líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, de junho de 2022 até janeiro de 2023
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 29, a Operação Vigilância Aproximada, que teve como principal alvo o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos). Outras pessoas também são investigadas, entre elas a ex-assessora do Major Vitor Hugo Priscila Pereira e Silva.
Priscila trabalhou com o Major de junho de 2022 até janeiro de 2023, quando terminou o mandato do ex-deputado. Durante o mandato, Victor HUgo foi líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Ela era assessora do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pivô da operação da PF, enquanto ele comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo informações da Globo News, a assessora de Carlos Bolsonaro (Republicanos) Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, que também é investigada, teria pedido à Priscila informações sobre uma delegada que cuidava de um inquérito que seria de interesse de Bolsonaro os filhos dele.
Onde são cumpridos os mandados?
Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em diferentes localidades do país: Angra dos Reis/RJ (1), Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1).
Nesta nova etapa da operação, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin.
Segundo informações obtidas, essas informações eram obtidas por meio de ações clandestinas, utilizando técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, mas sem qualquer controle judicial ou do Ministério Público.
PF investiga ação da Abin para proteger filhos de Bolsonaro
A Polícia Federal apura indícios de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria montado uma operação paralela com o objetivo de evitar que Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fosse investigado por suspeitas de tráfico de influência no governo. A investigação sobre o possível tráfico de influência de Jair Renan acabou sendo arquivada.
A investigação da PF, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, “aponta para o fato de que a alta direção da Abin, exercida por policiais federais cedidos ao órgão durante a gestão do então diretor-geral, Alexandre Ramagem, teria instrumentalizado a mais alta agência de inteligência brasileira para fins ilícitos de monitoramento de alvos de interesse político, bem como de autoridades públicas, sem a necessária autorização judicial”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)