Ex-assessor de Lira tenta recuperar dinheiro confiscado pela PF
STF analisa pedidos de investigados para resgatar valores apreendidos no inquérito sobre compras suspeitas de kits de robótica
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, no plenário virtual, os pedidos de investigados para resgatar valores apreendidos pela Polícia Federal no inquérito sobre compras suspeitas de kits de robótica.
São reivindicados R$ 3.799.840,00, US$ 24 mil e cheques encontrados em cofres, malas e mochilas durante as buscas realizadas na Operação Hefesto, deflagrada em junho de 2023.
Luciano Ferreira Cavalcante (à direita na foto), ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira, e sua esposa, Glaucia Cavalcante, pediram a restituição de R$ 107,5 mil, diz o Estadão. O motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus requer a devolução de R$ 150 mil.
A investigação envolvendo pessoas ligadas a Lira foi arquivada por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O dinheiro encontrado pela polícia, no entanto, ficou parado.
Gilmar Mendes já havia negado a devolução do dinheiro. O ministro manteve o posicionamento e defendeu que os valores continuem depositados em uma conta judicial até que os investigados comprovem a origem.
Operação Hefesto
A Operação Hefesto foi deflagrada em junho de 2023 para apurar supostas irregularidades na compra de kits de robótica pelo FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
As investigações giravam em torno de Luciano Cavalcante, ex-assessor próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira. Gilmar trancou e arquivou o processo em setembro daquele ano, alegando que havia “usurpação da competência” do STF.
Com a decisão do ministro, as gravações feitas pela PF —e que haviam sido autorizadas pela Justiça federal de Alagoas— foram destruídas
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