“Eventuais divergências mostram que não há combinação de versões”
A Folha, como a defesa de Lula, aponta divergência de versões nos depoimentos de Antonio Palocci à Justiça, bem como em relação aos de Marcelo Odebrecht e seu pai, Emílio. Marcelo disse que...
A Folha, como a defesa de Lula, aponta divergência de versões nos depoimentos de Antonio Palocci à Justiça, bem como em relação aos de Marcelo Odebrecht e seu pai, Emílio.
Marcelo disse que, no início da campanha de 2010, pediu a Emílio que informasse Lula sobre os recursos disponíveis na Odebrecht para apoiar Dilma Rousseff e outras campanhas do PT.
Segundo Marcelo, a Odebrecht havia destinado R$ 100 milhões aos petistas desde as eleições de 2008 e tinha mais R$ 100 milhões para o partido em 2010.
Emílio entendeu que se tratava de R$ 300 milhões e confirmou que se reuniu com Lula para atender ao pedido do filho, mas afirmou várias vezes que nunca falou de valores com o petista: “Eu não levava números para ele”, alegou em junho.
Palocci não participou do encontro, mas diz ter sido informado por Lula no dia seguinte, quando o então presidente lhe pediu que cuidasse dos recursos acertados com a Odebrecht.
Em abril deste ano, Palocci disse que Lula mencionara a cifra de R$ 200 milhões; e, há duas semanas, o ex-ministro afirmou ter ouvido R$ 300 milhões.
Primeiro disse que o encontro ocorreu antes da eleição de 2010, realizada em outubro; depois afirmou que ocorreu em dezembro.
O que alega o advogado de Palocci, Tracy Reinaldet?
“Ele estava mais defensivo antes, e hoje pode falar mais. Eventuais divergências não devem ser interpretadas como sinal de que esteja mentindo, e mostram que não há combinação de versões com outros delatores.”
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