Evangélicos do PT fazem culto para agradecer “fracasso do golpe”
Entorno lulista agradeceu pelas vidas do presidente petista, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira
Líderes evangélicos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) seguem na tentativa de “cristianizar” a imagem do partido após a notável perda de espaço entre segmentos expressivos das igrejas evangélicas e católicas. O Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT (NEPT) realizou uma celebração com a presença da deputada Benedita da Silva (PT-RJ). O motivo para o culto de ação de graças, desta vez, foi o “fracasso do golpe”.
O entorno lulista agradeceu pelas vidas do presidente petista, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira,28, em reunião virtual. Segundo relatório Polícia Federal (PF), havia um plano para matar as três autoridades sob envenenamento.
“O ponto alto foi agradecer a Deus pelas vidas de Alexandre de Moraes, Alckmin e Lula. Agradecemos também pelo hacker de Araraquara que permitiu a vaza-jato, que trouxe à tona o conluio do juiz que julgava Lula e foi essencial para sua eleição. O segundo livramento foi este: não perdemos a vida de Lula”, disse o historiador e teólogo Oliver Costa Goiano, que coordena o Núcleo, em entrevista ao jornal O Globo.
O líder dos evangélicos petistas criticou pastores que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro por não terem condenado, publicamente, as informações reveladas pela PF até aqui. “O silêncio é ensurdecedor. Se houvesse golpe, é nítido que parte das igrejas evangélicas aplaudiria”, avaliou.
Indiciamento de Bolsonaro
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas em um inquérito que aponta graves acusações contra o ex-presidente: tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.
De acordo com a investigação, existia um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, e Bolsonaro estaria ciente da trama.
O plano teria sido documentado em dezembro de 2023, dentro do Palácio do Planalto, com impressão feita pelo general Mário Fernandes, preso na semana passada.
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