Esquerda vai pressionar deputados do PDT e do PSB que apoiaram a PEC do Calote
Os partidos de esquerda não pretendem dar moleza aos deputados do PDT e do PSB que ajudaram a PEC dos Precatórios a ser aprovada em primeiro turno. Em vez de concentrar as críticas apenas na base parlamentar do governo, eles pretendem mostrar que não param de pé os argumentos usados por parlamentares da oposição para apoiar o projeto...
Os partidos de esquerda não planejam dar moleza aos deputados do PDT e do PSB que ajudaram a PEC dos Precatórios a ser aprovada em primeiro turno. Em vez de concentrar as críticas apenas na base parlamentar do governo, eles pretendem mostrar que não param de pé os argumentos usados por parlamentares da oposição para apoiar o projeto.
A liderança da Minoria se reúne às 18h para fechar o discurso. Mas o líder do PT na Câmara, o deputado gaúcho Bohn Gass (foto), antecipa as suas principais linhas e avisa: “Vamos fazer pressão, tensionar o ambiente até a hora de votar.”
Pedetistas e pessebistas disseram ter votado a favor da PEC somente depois que o dinheiro dos precatórios destinado a professores estaduais (uma dívida resultante de erros de cálculo no antigo Fundef) foi garantido. “Isso não faz sentido, porque esse dinheiro já estava garantido antes de tramarem o calote”, diz Bohn Gass. “Agora, em vez de receberem 100% do valor, os professores terão de se contentar com três parcelas anuais. Isso, depois de uma espera que já dura duas décadas.”
A esquerda também vai insistir que a liberação de emendas prometida pelo governo – 15 milhões de reais por deputado – não vai compensar o desgaste de imagem para quem apoiar a PEC. “Bolsonaro diz que rejeitar o projeto é ser contra os pobres, porque não haverá dinheiro para o Auxílio Brasil”, afirma Bohn Gass. “Mas eleitor de esquerda sabe que isso é chantagem barata, de quem nunca se preocupou com os pobres.”
A terceira tese é que a PEC disponibiliza dinheiro em 2022 para as emendas secretas, que vêm sendo usadas para cooptar apoio para os projetos de interesse do governo. Diz o petista: “Queremos acabar com as emendas de relator. Nossos partidos não podem ser cúmplices delas.”
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