A coalizão de esquerda Nova Frente Popular se consolidou como o maior do Parlamento da França, após os resultados do segundo turno das eleições legislativa. Convocadas há um mês pelo presidente Emmanuel Macron, a esquerda obteria cerca de 184 assentos no parlamento, de acordo com as primeiras estimativas do instituto Ipsos.

O Ensemble, aliança centrista da qual faz parte a legenda de Macron, obteve de 156 deputados. Já o Rassemblement National, do partido de Marine Le Pen, tende a ficar em terceiro lugar, com até 141 deputados.

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Diante dessas projeções, o extremista Jean-Luc Mélenchon (foto), da esquerda radical, já afirmou que “a vontade do povo deve ser estritamente respeitada” e que Macron “tem de se curvar e aceitar a sua derrota”. Ele pediu a renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal e anunciou que não quer coalizão com os macronistas.

“Recusamos entrar em negociação com o partido do presidente para fazer alianças, sobretudo depois de ter combatido sem descanso há sete anos sua política abuso social e de inação ecológica.”

O instituto Ifop também mostra a vitória da esquerda, mas com números diferente. O bloco teria até 215 assentos, enquanto a aliança centrista teria180 e a direita, 150.

O antissemitismo na extrema-esquerda

Uma pesquisa do Ifop, que analisa a percepção dos franceses judeus acerca da relação de partidos políticos com o antissemitismo, mostrou que para 92% dos judeus franceses, o partido de Jean-Luc Mélenchonde, o La France Insoumise (LFI), contribui para aumentar o antissemitismo no país.

Em 7 de outubro, dia do atentado terrorista do Hamas em Israel, o grupo de esquerda LFI-Nupes publicou um texto que justificava o ataque do Hamas como uma ofensiva armada das forças palestinas em resposta à intensificação da política de ocupação israelense nos territórios palestinos.

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