Especialista contesta alegações de Haddad sobre armas
Fernando Haddad disse na Jovem Pan que "nenhum especialista recomenda" colocar armas nas mãos da população. "E onde você fez isso, piorou a situação." O Antagonista falou com o especialista Bene Barbosa, crítico do Estatuto do Desarmamento, que chamou de mentiras ambas as alegações. Sobre a primeira, afirmou...
Fernando Haddad disse na Jovem Pan que “nenhum especialista recomenda” colocar armas nas mãos da população. “E onde você fez isso, piorou a situação.”
O Antagonista falou com o especialista Bene Barbosa, crítico do Estatuto do Desarmamento, que chamou de mentiras ambas as alegações.
Sobre a primeira, afirmou:
“Ele só leva em conta os especialistas ideológicos nos quais apoia as suas teses. Há uma série de juristas, especialistas em segurança, promotores e desembargadores que entendem, sim, que a população deve ter acesso – dentro de regras claras e objetivas, obviamente – a armas de fogo.”
Sobre a segunda alegação de Haddad, Bene Barbosa disse:
“Isso não se sustenta. Os Estados Unidos, por exemplo, tinham na década de 1980 uma taxa de homicídios parecida com a brasileira, em torno de 11 por 100 mil habitantes. Liberou o porte de armas na maioria de seus estados – lá, as legislações são estaduais neste sentido – e apresentou uma diminuição vertiginosa dos homicídios, chegando agora a uma taxa de aproximadamente 5 por 100 mil habitantes.
Enquanto isso, o Brasil, que adotou uma postura exatamente contrária – ou seja: a restrição às armas, e o desarmamento –, apresentou um crescimento gigantesco no número de homicídios, chegando a mais de 30 por 100 mil habitantes.
O Canadá também, na década de 1990, enveredou pelas restrições, criou o registro de armas longas, e em 2015 abandonou esses registros porque os canadenses perceberam que eles não trouxeram nenhum benefício para a segurança pública. Então hoje no Canadá, que é um dos países mais armados do mundo – pouca gente sabe disso –, para ter um fuzil ou qualquer arma longa, como uma espingarda calibre 12, você nem sequer precisa registrar essa arma de fogo. Nem por isso eles tiveram um aumento na criminalidade e na violência. E por aí vai.
Há vários outros exemplos, mesmo na América do Sul. O Uruguai, que é o país mais armado da América Latina e décimo do mundo, tem a segunda menor taxa de homicídios do América do Sul. O próprio Paraguai, onde já é mais do que notória a facilidade de se adquirir armas de fogo e portar essas armas, tem a terceira menor taxa de homicídios da América do Sul, uma taxa que vem caindo nos últimos 5 anos.”
É próprio de petista ver um consenso (inexistente) a favor de suas próprias narrativas.
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