Escola estadual em SP é multada por fazer barulho
Lei de São Paulo coíbe poluição sonora e multou uma escola estadual que excedeu os limites de decibéis.
Uma escola estadual localizada na região da Santa Cecília, no Centro de São Paulo, foi multada duas vezes devido a reclamações de moradores sobre o excesso de barulho. As multas, que juntas somam mais de R$ 43 mil, foram aplicadas após o Ministério Público do Estado ser acionado por moradores de um condomínio vizinho. Esta situação destaca o conflito habitual entre instituições educacionais e comunidades em áreas urbanas densamente povoadas.
A escola em questão, a Escola Estadual Professor Fidelino de Figueiredo, está situada próxima a um condomínio cujos moradores tiveram seus apartamentos voltados diretamente para a quadra esportiva. Os ruídos provenientes das atividades escolares foram considerados excessivos, levando o síndico do prédio a intensificar as queixas aos órgãos responsáveis.
O que é a Lei do Psiu?
A Lei do Psiu, oficialmente conhecida como Programa de Silêncio Urbano, é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo que visa garantir o controle sonoro em áreas urbanas. Projetada para manejar questões de poluição sonora, a lei estabelece limites de decibéis para diferentes horários do dia, promovendo um ambiente urbano mais tranquilo. Essa legislação é aplicada não apenas a estabelecimentos comerciais, mas também a instituições públicas, como escolas.
Como a Escola Respondeu às Multas?
Após receber as multas, a direção da Escola Estadual Professor Fidelino de Figueiredo tomou medidas para mitigar o ruído gerado. Entre as ações implementadas, estão:
- Abolição do uso de sinal sonoro durante o período noturno.
- Interrupção de celebrações como formaturas e festas no espaço escolar.
- Alternância no uso da quadra durante aulas de educação física para minimizar o impacto sonoro.
A escola, que atende cerca de 1.400 alunos, busca equilibrar suas atividades educacionais com a convivência pacífica com os vizinhos.
Qual a Solução para o Problema de Barulho?
O advogado especialista em condomínios, Márcio Rachkorsky, sugere que a solução ideal seria uma obra de isolamento acústico da quadra esportiva. Tal medida exigiria ação do governo do estado, através da Secretaria da Educação, indicando uma necessidade de investimento em infraestrutura para resolver o problema de forma definitiva.
Ação do Governo e Futuro da Situação
Em resposta às multas, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que irá recorrer da aplicação das penalidades, defendendo que as atividades estão de acordo com as normas legais vigentes. No entanto, o desenrolar dessa situação pode depender de como as autoridades conciliarão as necessidades educacionais com as queixas da comunidade local.
Este caso exemplifica o desafio contínuo enfrentado pelas cidades na busca de um equilíbrio entre as operações diárias de instituições públicas e a qualidade de vida dos cidadãos. Enquanto o embate jurídico prossegue, a discussão sobre o melhor uso do espaço urbano e as considerações acústicas permanece em aberto.
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