Escanteado, França saúda Lula por “trazer” Tarcísio para o governo
A mensagem foi escrita em tom de celebração, mas a mágoa salta aos olhos. Defenestrado do Ministério de Portos e Aeroportos para acomodar o Republicanos no governo, Márcio França...
A mensagem foi escrita em tom de celebração, mas a mágoa salta aos olhos. Defenestrado do Ministério de Portos e Aeroportos para acomodar o Republicanos no governo, Márcio França celebrou, em postagem publicada na noite de ontem (6), a entrada de Tarcísio de Freitas no governo Lula. Obviamente isso não aconteceu, apesar de o governador de São Paulo ser filiado ao Republicanos do deputado Silvio Costa Filho (PE), que assume o lugar de França.
“Amigos, posso garantir que o Silvio Costa Filho é um grande político, muito preparado e filho de um grande amigo meu. Nos ajudará na tarefa de promover a União e Reconstrução [de] que o BR tanto precisa. Saúdo o Lula por trazer para o governo Tarcísio e seu partido para nos apoiar. O Brasil voltou!”, publicou França em suas redes sociais, junto com uma foto de Lula apertando a mão de Tarcísio.
França, que assume agora o recém-criado Ministério da Pequena e Média Empresa, já tinha esperneado na segunda-feira, quando publicou um vídeo da música Madeira que Cupim não Rói, interpretada por Antônio Nóbrega e Ariano Suassuna. Não é segredo para ninguém que a reforma ministerial de Lula para acomodar o Centrão no governo tem no PSB de França o partido da base governista mais incomodado.
Quem também não deixou de manifestar o incômodo, mas o fez de forma mais direta, foi a ex-ministra do Esporte Ana Moser. A ex-jogadora de vôlei, que deu lugar ao deputado André Fufuca (MA) para atrair os votos do PP, divulgou uma nota para lamentar “a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária”.
Como França deixou claro com sua insinuação, Republicanos e PP entram no governo, mas não o fazem integralmente. Há nos dois partidos opositores resolutos do governo Lula, que, mesmo assim, teve de rifar aliados para tentar ampliar a base de votos no Congresso Nacional.
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