Tasso Jereissati diz que CPI da Covid investigará “erros e omissões” do governo Bolsonaro
O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, um dos 11 titulares da CPI da Covid, disse a O Antagonista que o foco da comissão será investigar "erros e omissões do governo federal" na pandemia, ainda que prefeitos e governadores também venham a ser alcançados. O tucano defendeu que os trabalhos comecem na próxima semana. Ele considera a CPI da Covid "talvez a mais importante da história recente"...
O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, um dos 11 titulares da CPI da Covid, disse a O Antagonista que o foco da comissão será investigar “erros e omissões do governo federal” na pandemia, ainda que prefeitos e governadores também venham a ser alcançados.
O tucano defendeu que os trabalhos comecem na próxima semana. Ele considera a CPI da Covid “talvez a mais importante da história recente”.
Leia:
Quando o senhor acha que a CPI começará a funcionar?
Essa CPI, talvez a mais importante da história recente do Brasil, tem todas as condições para começar imediatamente, já na semana que vem. Não vejo nenhum motivo, nenhuma razão para que o seu funcionamento seja postergado.
Acredita que a CPI possa ser realizada presencialmente?
Não é preciso nenhum tipo de obrigatoriedade de que a CPI seja presencial. Ela pode funcionar como o Senado funcionou perfeitamente bem até aqui. Mesmo a Justiça criminal, e em outras instâncias, está tudo funcionando perfeitamente bem remotamente. E, se houver algum caso muito específico, é possível fazer alguma reunião que seja semipresencial e até presencial, se for estritamente necessário. Aliás, a senadora Mara Gabrilli está com projeto tramitando no Senado que justamente regula todas as circunstâncias e situações para uma CPI remota, sem colocar nenhuma circunstância que seja impossível.
Diante de tantas divergências, qual será o escopo real da CPI?
O escopo dela é para investigar, essencialmente, os erros e as omissões do governo federal que nos levaram a chegar a esta situação trágica que estamos vivendo. E se, circunstancialmente, houver conexão com algum erro ou alguma omissão ligada a um governador ou prefeito, estes também serão envolvidos na investigação.
O senhor acredita que a CPI servirá de “palanque” para conflitos entre “oposição x governo” neste momento dramático da pandemia?
Já conversei com vários senadores que irão participar da CPI e todos eles estão convencidos de que, pela importância dessa CPI — como já disse, uma das mais importantes na nossa história –, ela tem que ser feita de uma maneira muito equilibrada, extremamente técnica, de maneira que não haja nenhum tipo de política, politicagem ou fins eleitoreiros contaminando o seu funcionamento.
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