Entregador é baleado por cliente PM após recusar entrega na porta no RJ
Entregador no Rio de Janeiro baleado por cliente, um policial militar, após desentendimento sobre uma entrega. Entenda esse caso de violência e suas consequências. Nilton está em estado grave no hospital.
Um entregador do Rio de Janeiro, identificado como Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, foi baleado por um cliente, o qual é policial militar, por se recusar a entregar o pedido diretamente na residência do mesmo. Este evento angustiante ocorreu nessa segunda-feira, dia 04 de abril, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Um incidente alimentado por desentendimento
O policial militar, cabo Roy Martins Cavalcanti, fez um pedido no estabelecimento Porto do Sabor da Praça Saiqui, localizado em Vila Valqueire. Nilton, porém, se recusou a subir até a residência do militar, desencadeando um desentendimento entre os dois através de mensagens no aplicativo do estabelecimento.
O agravamento da situação
O desentendimento se intensificou quando Nilton, seguindo protocolos do aplicativo, acionou a devolução do pedido. Contudo, Roy decidiu ir até o estabelecimento, iniciando uma discussão presencial. Durante o conflito, Nilton optou por começar a gravar o episódio. Nesse momento, a arma do policial aparece na gravação, provocando uma situação de pânico. Apesar dos esforços de outros entregadores para apaziguar a situação, o policial acabou atirando em Nilton.
Repercussão do caso
Após o disparo, Roy prestou os primeiros socorros a Nilton e se apresentou na 30ª DP (Marechal Hermes), onde alegou ter agido em legítima defesa. Este incidente gerou revolta e protestos pelos colegas de Nilton e foi comentado pela Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Como está Nilton agora?
A condição de Nilton é de suma preocupação. Atingido na coxa, o jovem entregador precisou ser operado e segue internado em estado grave no CTI do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. A Corregedoria da PM abriu um procedimento para apurar o ocorrido.
Embora a motivação do incidente pareça trivial, o ocorrido serve para ilustrar o perigoso clima de tensão a que trabalhadores como Nilton estão expostos diariamente. Espera-se que o caso seja devidamente investigado e que as circunstâncias levem à concretização das medidas necessárias para a segurança de todos os atores envolvidos.
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