Enchentes no RS causam impacto bilionário a seguradoras
Os sinistros relacionados a apólices de automóveis têm sido os de maior impacto para as seguradoras, com um custo estimado em R$ 557,4 mi
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) divulgou recentemente que os sinistros decorrentes das enchentes ocorridas em maio no Rio Grande do Sul já somam um impacto estimado em R$ 1,673 bilhão. No entanto, o valor final ainda é incerto, uma vez que apenas uma pequena parcela dos clientes acionou suas seguradoras e estas ainda não conseguiram avaliar de forma adequada o custo real dessas ocorrências. Até o momento, foram reportados 23.441 sinistros.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, afirmou em entrevista a jornalistas que é certo que o valor final será muito maior. Ele ressaltou que essa é a maior indenização de um único evento enfrentado pelo setor de seguros no país.
De acordo com a confederação, os sinistros relacionados a apólices de automóveis têm sido os de maior impacto até o momento. Foram acionados 8.216 sinistros, com um custo estimado em R$ 557,4 milhões.
Seguros residenciais
Já em relação aos seguros residenciais e habitacionais, foi registrado o maior número de ocorrências informadas. São 11.396 sinistros reportados, com um custo potencial de R$ 239,2 milhões. Oliveira explica que é mais fácil estimar o impacto nesses casos devido à cobertura para alagamentos presente na maioria das apólices de seguro total para automóveis. Porém, a cobertura para alagamentos em seguros residenciais é bastante baixa.
A CNseg também ressalta que o impacto no agronegócio deverá ser menor do que as secas enfrentadas pela região nos últimos anos. Até o momento, foram registrados 993 avisos de sinistro, com uma estimativa de impacto de R$ 47 milhões. No entanto, Dyogo Oliveira alerta que esse número certamente será maior à medida que os sinistros forem efetivamente avisados e as indenizações estimadas.
Seguradoras preparadas
Apesar dos altos valores envolvidos, as seguradoras estão preparadas para lidar com essa situação. Segundo Oliveira, o sistema brasileiro está plenamente preparado e as seguradoras possuem recursos suficientes em caixa, com robustas reservas técnicas, para arcar com os custos desse evento.
Como forma de auxiliar os afetados por essa tragédia, o setor de seguros prorrogou o vencimento das apólices na região e está concedendo algumas indenizações sem a necessidade de averiguação, agilizando assim o processo para que as pessoas possam recuperar-se o mais rápido possível.
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