Empresa que doou a campanha de Bolsonaro ameaça diminuir atividades em 30% se Lula vencer
A Stara, empresa de maquinário agrícola no interior do Rio Grande do Sul que apoiou a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro, ameaça cortar pelo menos 30% do seu orçamento para o próximo ano devido aos " resultados prévios do pleito eleitoral deflagrado em 2 de outubro...
A Stara, empresa de maquinário agrícola no interior do Rio Grande do Sul que apoiou a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro, ameaça cortar pelo menos 30% do seu orçamento para o próximo ano devido aos ” resultados prévios do pleito eleitoral deflagrado em 2 de outubro de 2022 e em se mantendo esse resultado no 2º turno [vitória de Lula]”.
Uma cópia do comunicado caiu nas mãos de deputados da oposição, que disseram que o texto seria uma ameaça, a ser investigada pelo Ministério Público do Trabalho. Nas redes sociais, a empresa disse que o comunicado, apesar de verdadeiro, é encaminhado a fornecedores e não seria uma ameaça, mas sim uma projeção para 2023.
“Não acreditem que falam que a Stara vai demitir 500, 1.000, 1.500 pessoas […], e muito menos queremos coagir pessoas para votar no A ou no B. Somos uma empresa séria, que tem responsabilidade com nossa cadeia produtiva”, disse Atila Trennepohl (foto), que é o diretor-presidente da empresa.
Nas suas redes sociais, no entanto, ele se orgulha de ter levado os tratores da marca para o desfile cívico de 7 de Setembro e diz: “Nem que me perguntem 22 vezes em quem vou votar em dois mil e 22 eu vou dizer!’
O pai de Atila, Gilson Trennepohl (foto), preside o conselho de administração da empresa. Ele também aparece como um dos maiores doadores da campanha de Bolsonaro: Gilson encaminhou R$ 350 mil à campanha de reeleição do presidente, após a empresa ter sido beneficiada por contratos de R$ 6 milhões no governo.
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