Emendas de relator emperram no Congresso e viram arma para reeleição
Mais de 430 parlamentares já apresentaram propostas para destinar verbas para suas bases eleitorais, mas os R$ 16,5 bilhões reservados para as emendas de relator -- mecanismo do orçamento secreto -- estão praticamente parados neste ano, diz a Folha...
Mais de 430 parlamentares já apresentaram propostas para destinar verbas para suas bases eleitorais, mas os R$ 16,5 bilhões reservados para as emendas de relator — mecanismo do orçamento secreto — estão praticamente parados neste ano, diz a Folha.
Segundo o jornal, líderes congressistas avaliam que a demora faz parte de uma estratégia para fortalecer Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pela reeleição ao comando da Câmara e do Senado, respectivamente.
“Segundo esses parlamentares, o represamento inusual dessas verbas —em anos eleitorais geralmente ocorre o contrário, ou seja, as emendas são liberadas mais cedo devido às restrições da legislação— tem o objetivo de contemplar com emendas o novo Congresso eleito em outubro, que é quem vai decidir a nova cúpula das duas Casas. As eleições ocorrem geralmente em 1º de fevereiro”, diz a Folha.
Caso o parlamentar não seja reeleito, dificilmente será contemplado com as verbas depois de outubro. Já quem permanece no Congresso conta com passe mais elevado. “Os novos parlamentares, embora não possam oficialmente receber verbas até assumir o mandato, podem também ser atraídos por promessas de herdar o apadrinhamento de emendas daqueles não reeleitos”, lembra o jornal.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)