A trajetória relâmpago da secretária de Saúde do Amazonas
A secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, teve passagem meteórica pelo governo do estado. Assumiu o cargo em abril. Um mês depois, o Tribunal de Contas do Estado pediu seu afastamento. Hoje, foi presa num esquema de superfaturamento e fraudes na compra de respiradores...
A secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, teve passagem meteórica pelo governo do estado. Assumiu o cargo em abril. Um mês depois, o Tribunal de Contas do Estado pediu seu afastamento. Hoje, foi presa num esquema de superfaturamento e fraudes na compra de respiradores.
Simone foi presa por ordem do ministro Francisco Falcão, do STJ, a pedido do Ministério Público Federal. Ela está envolvida num esquema de compra de respiradores sem licitação que teria resultado em prejuízos de mais de R$ 400 mil aos cofres do Amazonas.
De acordo com as investigações, quando ela chegou ao cargo, o esquema já acontecia, sob “coordenação e orientação” do governador Wilson Lima – ele não foi preso hoje, mas teve documentos apreendidos e as contas bloqueadas.
Simone chegou à Secretaria em 9 de abril, sucedendo Rodrigo Tobias. A nomeação foi criticada pela oposição a Wilson Lima: Simone é de São Paulo e havia sido secretária de Saúde de Mogi das Cruzes, no interior paulista.
Lá, foi acusada de irregularidades por ter autorizado a dispensa de licitação para assinar contratos de mais de R$ 100 milhões, segundo o noticiário local da época.
Em 13 de maio, o TCE do Amazonas multou a secretária em R$ 75 mil por irregularidades na dispensa de licitações em contratos ligados ao combate à Covid-19. Por unanimidade, recomendou também seu afastamento.
No mês entre a decisão do TCE-AM e sua prisão, Simone Papaiz trabalhou para dificultar a atuação dos órgãos de controle e proteger os envolvidos no esquema investigado, segundo a decisão do ministro Francisco Falcão que autorizou sua prisão hoje.
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