Em São Bernardo, CPI da OAS investiga esquema de propinas na gestão do petista Luiz Marinho
O Brasil é um país curioso. Enquanto Lula tem suas condenações anuladas pelo Supremo, a Câmara de Vereadores de São Bernardo avança na chamada CPI da OAS, que apura esquema envolvendo contratos da gestão do petista Luiz Marinho que superam R$ 1 bilhão...
O Brasil é um país curioso. Enquanto Lula tem suas condenações anuladas pelo Supremo, a Câmara de Vereadores de São Bernardo avança na chamada CPI da OAS, que apura esquema envolvendo contratos da gestão do petista Luiz Marinho que superam R$ 1 bilhão.
Marinho é unha e carne com Lula, a ponto de ter indicado Ricardo Lewandowski para o Supremo e apoiado o nome de Edson Fachin.
A Comissão Parlamentar de Inquérito em São Bernardo foi instalada com base na delação premiada de José Ricardo Nogueira Breghirolli, ex-superintendente administrativo da OAS, à Lava Jato.
Em seu depoimento aos vereadores hoje, Breghirolli confirmou que a OAS distribuiu R$ 20 milhões em propinas para integrantes da gestão Marinho e que pagou caixa 2 em sua campanha de reeleição.
O delator disse que integrava o “departamento interno responsável por levantar os recursos e repassar para outra área, que fazia o relacionamento pessoal com a classe política”. E citou, entre outros, César Mata Pires Filho, herdeiro da OAS que morreu há dois anos.
“A partir do depoimento do senhor José Ricardo, a CPI, que caminhava para um lado mais técnico, passou também a avançar nas relações políticas. Avançamos, com o depoimento dele, para um setor que não imaginávamos neste momento. Até por isso é vital ouvir as pessoas citadas por ele”, disse o presidente da CPI, Mauricio Cardozo (PSDB).
Relator da comissão, Julinho Fuzari (DEM) disse que foi aprovado “requerimento para que o Ministério Público Federal possa repassar à CPI a lista de políticos beneficiados com recursos irregulares da OAS”.
A comissão também aprovou a oitiva de Léo Pinheiro para o dia 12. Além do ex-presidente da OAS, que entregou Lula, a CPI vai ouvir Carlos Henrique Barbosa Lemos e Marcel Vieira, ex-diretor e ex-gerente da empresa citados por Breghirolli.
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