Em nota, Lava Jato diz que doleiro foragido é ‘mentiroso contumaz’
Em nota divulgada na tarde desta quarta (3), a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o foragido Rodrigo Tacla Durán tentou "induzir em erro autoridades no Brasil e no exterior para alcançar impunidade"...
Em nota divulgada na tarde desta quarta (3), a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o foragido Rodrigo Tacla Durán tentou “induzir em erro autoridades no Brasil e no exterior para alcançar impunidade”.
Como publicamos, a PGR tenta ressuscitar um acordo de delação com Tacla Durán, numa clara tentativa de Augusto Aras de atingir Sergio Moro.
O ex-ministro da Justiça já divulgou nota em que se diz “perplexo e indignado” com a manobra de Aras, feita num momento em que a Lava Jato tenta prender o doleiro na Espanha.
“Há diferentes linhas de investigação em curso relacionadas a Rodrigo Tacla Durán, algumas das quais já conduziram a quatro ações penais a que responde no Brasil, por lavagem de dinheiro de centenas de milhões de reais, amparadas em provas como extratos de contas no Brasil e no exterior, e-mails e declarações de executivos de diferentes empreiteiras”, diz a nota.
A Lava Jato afirma ainda que não sabe se a PGR tem “informações sobre as linhas de investigação e outros potenciais envolvidos nos crimes” de que o foragido é acusado.
A nota da operação prossegue:
“Há um corpo muito robusto de evidências (…) que demonstra que Rodrigo Tacla Durán buscou incessantemente induzir em erro autoridades no Brasil e no exterior para alcançar impunidade. Por exemplo, alegou perante a Interpol que seus pedidos de prisão e de extradição teriam sido revogados, quando isso não era verdade. Apresentou, ainda, contratos falsos para justificar operações de lavagem de dinheiro, mascarando operações ilícitas como se fossem serviços advocatícios ou transações legítimas, inclusive perante autoridades de outros países. Alegou perante autoridades brasileiras e estrangeiras, para tentar evitar sua responsabilização e a perda do produto de crime milionário que mantém no exterior, que teria trabalhado como advogado para empreiteiras como UTC e Odebrecht, o que foi amplamente comprovado falso.”
A Lava Jato acrescenta ainda que Tacla Durán “escondeu fatos das autoridades quando tentou realizar acordo de colaboração premiada no passado”. “Tudo isso revela que Rodrigo Tacla Durán, além de ter praticado graves crimes, mentiu de modo contumaz para enganar autoridades e alcançar impunidade em relação aos crimes que cometeu.”
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