Crise na Saúde: Lula terá nova reunião com Nísia Trindade
A tendência é que nesta reunião Lula faça um apanhado mais detalhado sobre os gargalos no Ministério da Saúde
Após ter levado um puxão de orelha do presidente Lula, a ministra da Saúde, Nísia Trindade (foto), voltará a se reunir com o petista na tarde desta terça-feira, às 16h, no Palácio do Planalto.
Como registramos, o presidente Lula cobrou a ministra da Saúde durante a reunião ministerial pela falta de ações efetivas de combate à dengue no início de 2024.
Ela também foi questionada sobre mudanças na metodologia de destinação de emendas parlamentares e em sua relação com os deputados e senadores. Conforme ministros presentes na reunião, Nísia chorou e foi consolada pela primeira-dama, Janja.
Dengue
Na reunião, Lula, conforme apurou O Antagonista, afirmou que faltou proatividade da ministra ao longo de 2023 e que o avanço da dengue no país é inaceitável.
A tendência é que nesta reunião Lula faça um apanhado mais detalhado sobre os gargalos no Ministério da Saúde. O presidente da República também pretende discutir futuras nomeações na pasta para cargos estratégicos. Esse movimento já é visto como uma espécie de intervenção branca do Centrão no ministério.
Após a reunião, Nísia já fez algumas mudanças na pasta. Ela exonerou Alexandre Telles da direção do Departamento de Gestão Hospitalar e o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães. Magalhães atuou como interventor de hospitais no Rio de Janeiro e caiu após denúncias do Fantástico sobre irregularidades na gestão das unidades fluminenses.
Nísia na mira de Arthur Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-LA), é um dos principais emissários dessas insatisfações. Em fevereiro, ele e os demais líderes da Casa assinaram requerimentos exigindo que Nísia Trindade esclareça os critérios utilizados na liberação de recursos apadrinhados por parlamentares.
Os líderes pedem que Nísia explique “como são definidos os recursos destinados às ações de saúde na atenção primária e na atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade”.
No documento, eles afirmam que, embora o sistema do ministério forneça relatórios sobre a execução orçamentária, na prática, as informações disponíveis não permitem uma análise abrangente e individualizada por estados e municípios, dificultando a compreensão da distribuição dos recursos federais para o sistema de saúde.
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