Em João Pessoa, Novo fecha com PL e Marcelo Queiroga
O Novo, que parece cada vez mais um puxadinho bolsonarista, terá que esperar o ex-presidente dar a palavra final sobre a possibilidade de sair como vice na chapa com o PL
Na manhã desta quarta-feira, 3 de abril, a frágil pré-candidatura de Marcelo Queiroga (PL) ganhou alento ao ver confirmada a aliança com o Novo, que poderá indicar o pastor Sérgio Queiroz como vice da chapa bolsonarista.
Animado, ao lado do provável vice, o pré-candidato declarou: “Sérgio Queiroz tem os requisitos para assumir qualquer cargo público”.
Aí é que mora o perigo para Queiroga, pois quem possui votos em João Pessoa é o pastor; tanto que nas eleições de 2022, na Paraíba, ele foi o candidato a senador mais votado na capital.
Sérgio Queiroz na cabeça da chapa aumentaria em muito as possibilidades da chapa bolsonarista de, pelo menos, ir ao segundo turno. Essa possibilidade, porém, é muito remota, uma vez que Bolsonaro, para impor seu ex-ministro como candidato a prefeito, já descartou postulante de maior força eleitoral e do próprio PL, o radialista Nilvan Ferreira.
O Novo, que vem se portando cada vez mais como um puxadinho bolsonarista, terá que esperar o ex-presidente dar a palavra final sobre a possibilidade de sair como vice na chapa com o PL.
Marcelo Queiroga explicitou a subserviência com a seguinte declaração: “Liguei para Bolsonaro hoje, ele acordou cedo e disse: a chapa majoritária quem vai anunciar sou eu. Quem quer saber espera pelo presidente, que no dia 12 vai anunciar para todos vocês”
A visita de Bolsonaro a João Pessoa está sendo anunciada com pompa e circunstância pelo próprio ex-presidente da República, que tenta empreender uma dinâmica agenda política. O objetivo é mostrar tal força política que possa de alguma sorte evitar a sua prisão.
Independentemente do que Bolsonaro anuncie, uma outra movimentação partidária desfavorece a chapa PL-Novo; é o fôlego que ganhou a pré-candidatura do deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos, com a formalização do apoio do MDB e do União Brasil. Segundo o analista político paraibano, Heron Cid “Os apoios de dois partidos de peso importante no quadro político ofertam o que faltava ao deputado federal: sustentabilidade partidária e perspectiva de crescimento.”
O espaço em que Ruy Carneiro tem “perspectiva de crescimento” é justamente o de oposição pelo centro; espaço pelo qual uma candidatura do Novo poderia tentar avançar, se não se curvasse ao bolsonarismo.
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