Em debate, petista ataca escolas cívico-militares e recebe resposta demolidora
"Quando a gente fala em colégio militar, não é função da prefeitura. Quem fala sobre isso precisa compreender melhor o papel de prefeito"
No debate eleitoral para a prefeitura de Belo Horizonte, realizado pela Rede Record Minas no sábado (28), após atacar as escolas cívico-militares, o deputado federal e candidato Rogério Correia, do PT, recebeu uma resposta, eu diria, “humilhante” de seu oponente, o vereador Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
O desavisado petista perguntou ao então candidato emedebista: “O que o senhor acha de escola sem partido e das escolas cívico-militares; essa doideira que a ultradireita está propondo em Belo Horizonte?”. Bem ao seu estilo “bateu, levou”, mas com extrema educação, Gabriel, então, respondeu ao candidato e histórico militante de esquerda:
“Eu tenho muito orgulho de ter sido aluno do Colégio Militar de Belo Horizonte, que fez de mim uma pessoa que sempre estudou na vida. Depois de lá, eu frequentei a PUC Minas, onde me graduei em Publicidade. Na sequência, eu fiz Direito na Faculdade Milton Campos e Jornalismo na Faculdade de Comunicação e Artes”. E continuou o vereador.
Que Xou da Xuxa é esse
“Também fiz mestrado e me tornei professor de Direito. Não parei por aí e fui me especializar em Competitividade Global, pela Universidade de Georgetown, nos EUA, e acabei de concluir o mestrado em Cidades, na Universidade de Londres, porque estudar é muito importante e vou sempre defender o Colégio Militar de Belo Horizonte”.
Em seguida, Gabriel esclareceu: “Gente, vamos falar a verdade? A prefeitura tem como função creche e ensino pra criança. Quando a gente fala em colégio militar, estamos falando em ensino fundamental e médio, não é função da prefeitura, isso não serve em um debate. Quem fala sobre isso precisa compreender melhor o papel de prefeito”.
O petista, então, rebateu, dizendo que “Escola cívico-militar e colégio militar são coisas diferentes”, mas não comentou sobre qual seria a responsabilidade do município. Lembrando que Rogério Correia vem obtendo resultados pífios nas pesquisas eleitorais, tendo sido completamente abandonado pelo presidente Lula desde o início da campanha.
Tá chegando a hora
Na semana passada, Correia processou dois veículos locais de comunicação por noticiarem que petistas e militantes de esquerda estavam pedindo “voto útil” em Fuad Noman (PSD), prefeito de BH e candidato à reeleição, para impedir um segundo turno entre candidatos de direita, os deputados estaduais Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL).
Com a repercussão negativa da medida autoritária, o petista retirou as ações e culpou os advogados que atuam na campanha, alegando não ter sido comunicado. Gabriel Azevedo, por sua vez, também não aparece bem colocado nas pesquisas. Na semana passada, uma delas, porém, o colocava “embolado” no pelotão que disputa o segundo lugar, animando sua militância.
Nessa reta final de campanha, em BH, na média das pesquisas já divulgadas, Mauro Tramonte aparece em primeiro lugar, com cerca de 24% dos votos, e Fuad Noman e Bruno Engler seguem empatados, com aproximadamente 20%. Duda Salabert (PDT) conta com mais ou menos 10%, e Gabriel e Correia têm cerca de 5% das intenções de voto.
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