Em áudio obtido pela Lava Jato, ex-gerente da Petrobras confessa propina a Lobão
Luiz Vassallo, na Crusoé, informa que a Operação Sem Limites, 72ª fase da Lava Jato, mira um suposto "filho postiço" do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão. Os investigadores encontraram um áudio de um ex-gerente da Petrobras em que ele confessa ter sido apadrinhado pelo senador, após aceitar a pressão por propinas de seu operador em contratos no Maranhão...
Luiz Vassallo, na Crusoé, informa que a Operação Sem Limites, 72ª fase da Lava Jato, mira um suposto “filho postiço” do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão. Os investigadores encontraram um áudio de um ex-gerente da Petrobras (ouça aqui) em que ele confessa ter sido apadrinhado pelo senador, após aceitar a pressão por propinas de seu operador em contratos no Maranhão, reduto do emedebista.
O “filho postiço” seria Carlos Murilo Goulart Barbosa, que já era investigado por propinas para fornecimento de asfalto pela empresa Sargeant Marine. Os investigadores foram surpreendidos também pela atuação dele na área de trading da estatal. Carlos Murilo foi alvo de busca e apreensão nesta quinta-feira.
Segundo a Lava Jato, foi encontrada no pen drive de um advogado investigado uma confissão cristalina e detalhada do ex-gerente da Petrobras Carlos Roberto Martins Barbosa sobre propinas a Lobão, que teriam sido objeto de pressão de Carlos Murilo, homem de confiança do emedebista.
“Eu fui abordado por um filho postiço do senador Edison Lobão, onde ele me apresentou ao ministro. Eu estive duas vezes em Brasília fazendo uma palestra de geopolítica do petróleo e uma palestra de bunker. Nessa ocasião, o ministro Edison Lobão pediu que fosse montada uma operação de bunker no Maranhão e assim foi feito”, narra.
Segundo o ex-gerente da Petrobras, o projeto foi feito, mas não se mostrou viável do ponto de vista econômico e operacional. “Então, isso foi abortado. Esse filho postiço do Edison Lobão, que é o Murilo Goulart Barbosa, começou a me pressionar para receber propinas da área de óleo combustível e bunker.”
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