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Eleições 2022: dirigentes partidários são pressionados a liberar as bancadas

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 18.02.2022 11:44 comentários
Brasil

Eleições 2022: dirigentes partidários são pressionados a liberar as bancadas

Dirigentes de partidos como PSD, Republicanos, PP, MDB, União Brasil e Patriota estão sendo pressionados por parlamentares a, institucionalmente, liberarem suas bancadas para apoiar qualquer candidato à Presidência da República. "É o que vai acabar acontecendo em muitos ou quase todos esses casos...

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Eleições 2022: dirigentes partidários são pressionados a liberar as bancadas
Foto: Rodolfo Stuckert/CNJ

Dirigentes de partidos como PSD, Republicanos, PP, MDB, União Brasil e Patriota estão sendo pressionados por parlamentares a, institucionalmente, liberarem suas bancadas para apoiar qualquer candidato à Presidência da República.

“É o que vai acabar acontecendo em muitos ou quase todos esses casos. Todo mundo vai liberar. As bancadas não está confortáveis em fechar apoio verticalmente, de ‘cima para baixo'”, disse uma liderança partidária da Câmara.

No caso do PSD, como já noticiamos, Gilberto Kassab mantém conversas com Lula, mas insiste que terá candidatura própria. Em reunião fechada com a bancada neste mês, o líder do partido na Câmara, Antonio Brito, porém, já avisou que, se a candidatura própria não vingar, os parlamentares estarão liberados em seus estados.

O Republicanos, hoje base do governo Bolsonaro, também pode acabar liberando a bancada. Foi o que disse, recentemente, em conversa com um parlamentar o presidente da sigla, deputado Marcos Pereira. No partido, há até quem defenda apoio a Lula, sobretudo no Nordeste.

O PP é outro pode acabar optando por esse caminho, ainda que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, jure apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. Mais cedo, registramos o exemplo do novo presidente do partido, deputado Cláudio Cajado, que apoia o PT em seu estado, a Bahia. No Maranhão, o deputado André Fufuca, atual líder da bancada da sigla na Câmara, participou neste mês de evento ao lado de Flávio Dino (ex-PCdoB, atualmente no PSB).

MDB negocia federação ou, no mínimo, aliança nacional com União Brasil e PSDB, como temos noticiado, mas a bancada do partido pressiona igualmente por liberação de apoio. O atual líder do governo Bolsonaro no Congresso, senador Eduardo Gomes, é do MDB, enquanto Renan Calheiros e sua turma, por exemplo, querem estar no barco de Lula já no primeiro turno. A sigla ainda tem a pré-candidatura da senadora Simone Tebet.

Na União Brasil (resultante da fusão entre PSL e DEM), o próprio líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho, fez o apelo pela liberação da bancada publicamente, em entrevista a este site nesta semana: “Neste momento inicial do novo partido, a missão deveria ser preservar a realidade local de cada estado. É melhor dar liberdade”. Leia mais aqui.

O Patriota, que quase acolheu Jair Bolsonaro, também tende a liberar seus mandatários e diretórios, como registramos.

O motivo principal desses pedidos de liberação de apoio passa, claro, pela conta política de cada parlamentar em seu estado: conhecendo seus eleitores, deputados e senadores não querem, necessariamente, estar amarrados a candidato algum ao Planalto. Se os dirigentes partidários sentirem que cravar um apoio nacional pode realmente prejudicar a formação de bancada, é óbvio que optarão por liberar geral — é o número de deputados que define o tamanho do fundo partidário.

Leia também: 17 dos 30 partidos que elegeram deputados em 2018 ‘sumiriam’ com as regras atuais

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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