Eduardo Paes sobre o show do Bruno Mars: “Aqui não é casa da mãe Joana”
Paes reafirmou que o evento não terá alvará da prefeitura pela impossibilidade de disponibilização de guardas municipais e de agentes da PM
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi às redes sociais afirmar que o governo municipal vai acionar o Procom contra a produtora Live Nation, responsável pelo show do Bruno Mars, por propaganda enganosa.
Paes reafirmou que o evento não terá alvará da prefeitura do Rio de Janeiro pela impossibilidade de disponibilização de guardas municipais e de agentes da Polícia Militar para atuar na segurança do show. O espetáculo foi agendado para às vésperas das eleições.
“Aqui não é casa da mãe Joana, não é terra de ninguém. O Rio tem ordem, tem governo, tem governantes e responsabilidade com a população”, disse Paes.
“Quando eu comuniquei os produtores do show do Bruno Mars que não poderíamos receber o show na data que foi apresentada, eu deixei claro que era por causa da eleição, quando o contingente de segurança estava todo comprometido”, acrescentou o prefeito.
“A eleição é no domingo, mas o transporte das urnas começa dias antes. A escala de serviço da PM é alterada porque precisamos de um contingente maior na rua no domingo. Precisa ter mais agentes fiscalizando as sessões eleitorais”, complementou Paes.
O prefeito também teceu novas críticas à organização do evento.
“Pelo visto, os produtores se acharam mais importantes que o povo do Rio ou não entenderam e decidiram bater de frente e acatar uma ação arbitrária e abusiva. Aqui não vai rolar isso. A gente gosta de festa, gosta de receber artista, mas aqui tem respeito à lei. O aviso está dado”, disse Paes.
Essa não foi a primeira polêmica envolvendo Paes e Mars. Em 2018, a controvérsia girou em torno de questões como a escolha do local do evento, os custos envolvidos e a possibilidade de isenção fiscal para viabilizar a apresentação.
Inicialmente, o show estava planejado para ocorrer no Parque Olímpico, porém, devido a questões logísticas e de segurança, a produção solicitou a mudança do local para a Praça da Apoteose.
Outro ponto de controvérsia foi o valor do cachê pago ao artista, que, segundo relatos, teria sido consideravelmente alto. Além disso, especulou-se sobre possíveis benefícios fiscais concedidos à produção do show.
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