O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que flexibilizou o isolamento social no estado, classificando-o como “distanciamento controlado”, disse que é necessário administrar essas medidas “de forma racional”.

“É inegável que o distanciamento tem efeitos colaterais na economia, renda, vida das pessoas. Não é sobre combater o isolamento como alguns fazem, mas, sabendo que tem efeitos, administrá-los de forma racional”, disse o tucano em entrevista à Folha.

“O distanciamento se impunha até aqui na forma como estava sendo feito. Diante do desconhecido e de como o vírus se comportaria aqui e no mundo, a prudência impôs o distanciamento social. […] Agora é outra etapa, com outros fatos. Sempre com base em ciência e dedo no pulso, monitorando região a região, cidade a cidade.”

Leite também disse que a atividade econômica “terá retração profunda” em função da pandemia.

“Temos um cenário distinto que vai exigir apoio do governo federal, que é o único com instrumentos para socorrer neste momento de grave crise. Só a União tem instrumentos para garantir que os estados continuem com condições de prestar socorro à população brasileira.”