Girão diz entender Pazuello: “CPI virou sessão de tortura”
O senador Eduardo Girão (Podemos), titular da CPI da Covid, disse a O Antagonista que "queria muito" que Eduardo Pazuello comparecesse à comissão na próxima quarta-feira (19) e prestasse depoimento "como todos os outros". "Queria muito que ele fosse. O jogo está sendo jogado. E o adiamento do depoimento já não tinha pegado bem para o general", afirmou...
O senador Eduardo Girão (Podemos), titular da CPI da Covid, disse a O Antagonista que “queria muito” que Eduardo Pazuello comparecesse à comissão na próxima quarta-feira (19) e prestasse depoimento “como todos os outros”.
“Queria muito que ele fosse. O jogo está sendo jogado. E o adiamento do depoimento já não tinha pegado bem para o general”, afirmou.
Girão, no entanto, ponderou que entende a preocupação de Pazuello, que acionou o STF para poder ficar silêncio e não correr o risco de ser preso. No início da noite de ontem, a Advocacia-Geral da União apresentou um habeas corpus alegando que o militar não pode sofrer constrangimento ilegal em razão de suas opiniões sobre a pandemia.
“Eu entendo, porque a CPI é uma sessão de tortura, um tribunal de inquisição. Virou uma sessão de terrorismo aquilo ali: é um ameaçando que vai prender, outro induzindo resposta, outro intimidando. O relator, Renan Calheiros, chega a dizer uma coisa que o depoente não disse. É um negócio escandaloso. Então, o cara vai buscar a Constituição, tendo em vista o que está acontecendo. É um jogo político. A credibilidade da CPI está indo para o espaço.”
O ministro do STF Ricardo Lewandowski foi sorteado para analisar os dois HCs apresentados até aqui sobre o tema.
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