Eduardo Bolsonaro sobre Operação Contragolpe: “Criação de uma narrativa”
"Parece que é uma demonstração para tentar vender para os líderes que estão aqui no G20 de que o Brasil tem realmente um risco à democracia", disse o deputado
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 19, que a detenção dos militares na Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), em suposto plano para neutralizar o presidente Lula (PT, o seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, seria uma “cortina de fumaça” e “criação de uma narrativa” aos líderes do G20:
“Parece muito mais a criação de uma narrativa para tentar dizer que existe um risco real à democracia quando a gente está vendo que não existe. Parece que é uma demonstração para tentar vender para os líderes que estão aqui no G20 de que o Brasil tem realmente um risco à democracia. Não tem“, disse a jornalistas na Câmara dos Deputados.
O parlamentar negou as acusações de que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenha participação em reuniões que envolveram o planejamento de um suposto golpe de Estado em 2022.
Eduardo defendeu o projeto de lei de anistia aos condenados por participarem dos ataques à Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2022. Segundo ele, “a operação da PF e prisão dos militares mostram a “necessidade” de aprovar o projeto da anistia“.
Flávio Bolsonaro se manifestou
O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ, foto) comentou sobre a operação da Polícia Federal que prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, um policial militar e três kids pretos, como são chamados os integrantes das Forças Especiais do Exército.
“Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um “gabinete de crise” integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes”, escreveu o parlamentar na rede social X.
Leia mais: “Pensar em matar alguém não é crime”, diz Flávio Bolsonaro
A operação da PF
A PF deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, a Operação Contragolpe que revelou um plano para “neutralizar” Alexandre de Moraes, Lula e Alckimin em 2022.
Foram presos um general reformado, um policial militar e três kids pretos, como são chamados integrantes das Forças Especiais do Exército.
De acordo com relatório da Polícia Federal, “o objetivo do grupo criminoso era não apenas ‘neutralizar’ o ministro ALEXANDRE DE MORAES, mas também extinguir a chapa presidencial vencedora, mediante o assassinato do presidente LULA e do vice-presidente GERALDO ALCKMIN, conforme disposto no planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’, elaborado pelo general MARIO FERNANDES”.
O general reformado Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-geral da Presidência no governo Bolsonaro, é um dos detidos nesta terça e foi apontado pela PF como líder dessa ação e “um dos militares mais radicais que integrava o mencionado núcleo militar”.
“Leia também: “Uma delação premiada em risco”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
FRANCISCO JUNIOR
19.11.2024 18:32Repugnante é essa observação do deputado. Gostaria de saber como seria ao contrário, se ele descobrisse um plano do MST ou de algum outro aloprado de esquerda cujo objetivo fosse assassiná-lo.