Dudu Bananinha, um fugitivo (de intimação judicial)
Segundo Folha de S. Paulo o STF já tentou sete vezes notificá-lo sobre uma queixa-crime que tramita no Tribunal
A coluna Painel da Folha de S. Paulo publicou neste final de semana que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenta, há seis meses, intimar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para responder a uma queixa-crime em que ele é acusado de comparar professores de universidades federais a traficantes de drogas.
Segundo informações da Folha, houve “ao menos sete tentativas fracassadas de intimar o deputado”.
“No relato enviado ao STF, as oficiais [de Justiça, responsáveis pelo caso] dizem que receberam ‘informações desencontradas e imprecisas’ dos funcionários do deputado e afirmam que nunca conseguiram ter acesso a ele nas ‘múltiplas diligências feitas em seu gabinete e nos plenários’.”
Sem conseguir notificar o parlamentar, a deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) – uma das responsáveis pela queixa-crime – pediu ao ministro Nunes Marques para que seja feita a citação por ‘hora certa’, ou seja, combinando um horário exato para que o parlamentar receba a notificação.
“Em 16 de maio, Paulo Gonet, procurador-geral da República, recomendou a aprovação do pedido da parlamentar, diante das evidências de que Eduardo Bolsonaro tem tentado se esconder para não ser intimado. Relator do processo no Supremo, Nunes Marques ainda não se manifestou”, informa o jornal.
Eis o nível da política brasileira.
Declarações polêmicas
O parlamentar participou, em 9 de julho do ano passado, de uma manifestação pró-armas na Esplanada dos Ministérios. Em discurso, o filho 03 de Jair Bolsonaro comparou “professores doutrinadores” a traficantes de drogas.
Para Eduardo, parte dos docentes “sequestram” o pensamento dos alunos.
“Prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação”, afirmou em cima de um carro de som.
Também participou do Encontro Nacional pela Liberdade o deputado federal Marcos Pollon (PL), fundador do Movimento Proarmas.
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