Donos da Avianca montaram ‘complexo e sofisticado aparato’ para lavar dinheiro, diz MPF
Os irmãos Germán e José Efromovich, donos da Avianca e do Estaleiro Ilha (Eisa), montaram “um amplo, complexo e sofisticado aparato financeiro e corporativo internacional estruturado para permitir a prática sistemática de fraude contra credores e crimes de corrupção e lavagem de dinheiro” em contratos com a Transpetro. Os argumentos foram usados pelo MPF para pedir a prisão dos irmãos..
Os irmãos Germán e José Efromovich, donos da Avianca e do Estaleiro Ilha (Eisa), montaram “um amplo, complexo e sofisticado aparato financeiro e corporativo internacional estruturado para permitir a prática sistemática de fraude contra credores e crimes de corrupção e lavagem de dinheiro” em contratos com a Transpetro.
Os argumentos foram usados pelo MPF para pedir a prisão dos irmãos, decretada hoje pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Segundo ela, “há fortes indícios” de que empresas dos irmãos Efromovich “teriam sido utilizadas para atos de corrupção e lavagem de dinheiro”.
A holding do grupo econômico dos irmãos, segundo o MPF, seria a Synergy Group, constituída na ilha de Niue, um paraíso fiscal. Os Efromovich também mantêm um trust chamado Synergy.
De acordo com o pedido de prisão, as investigações mostram que os irmãos têm “domínio aprofundado de técnicas de lavagem de caráter especialmente rebuscado, com a constituição de dezenas de empresas offshore e contas bancárias no exterior em paraísos fiscais e em países de difícil acesso e comunicação, além da utilização de vínculos familiares e métodos de blindagem e ocultação patrimonial a fim de evitar qualquer tipo de responsabilização pelos ilícitos”.
Eles ficarão em prisão domiciliar por causa da pandemia de Covid-19.
De acordo com o MPF, eles montaram um esquema de pagamento de propina de 2% sobre os valores dos contratos a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
O procurador Felipe Camargo, que trabalha no cargo, disse hoje que foram pagos pelo menos R$ 40 milhões em suborno a Machado para garantir contratos de construção de navios petroleiros. O esquema, disse o procurador, causou prejuízos de R$ 611 milhões à Transpetro.
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