Documentos apontam que governo Bolsonaro pagou 76% a mais por cloroquina
Documentos enviados pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid indicam que o Exército pagou 76% a mais por comprimidos de cloroquina em março de 2020. A comparação do valor é feita com os totais pagos pelo medicamento em 2017...
Documentos enviados pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid indicam que o Exército pagou 76% a mais por comprimidos de cloroquina em março de 2020. A comparação do valor é feita com os totais pagos pelo medicamento em 2017.
Pela planilha apresentada pelo Ministério da Defesa, o Exército pagou R$ 1,1 milhão por 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em março de 2020 – média de R$ 0,35 por pílula de hidroxicloroquina. Como mostramos, os medicamentos foram encomendados pelo Ministério da Saúde.
Três anos antes, a produção de 259 mil comprimidos de cloroquina pelo Exército custou R$ 43,3 mil – R$ 51 mil em valores corrigidos pelo IPCA. O custo por pílula nesse período foi de R$ 0,16 – ou R$ 0,19 em valores corrigidos – e o total produzido supriu a demanda de 2018 e 2019, segundo informou o Ministério da Defesa à CPI.
À CPI, o Ministério da Defesa informou que o aumento na produção de cloroquina ocorreu após a publicação de um estudo do Ministério da Saúde sobre o fármaco.
“Nesse sentido, dado o grau de incerteza vivido nos primeiros meses, natural de uma pandemia, as coordenações interministeriais foram realizadas com vistas à obtenção da cloroquina, uma das soluções estudadas e adotadas pelo Ministério da Saúde, ficando evidente que a aquisição antecipada do insumo ocorreu dentro de um cenário de iminente crise de desabastecimento”, informou o Ministério da Defesa aos senadores.
Leia na íntegra a manifestação do Ministério da Defesa
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