“Dizer que é íntimo do presidente adiantou porra nenhuma, né?”
O grupo de WhatsApp dos bolsonaristas virou sessão de terapia. Em meio ao recado das urnas no último domingo para os apoiadores de Jair Bolsonaro, o deputado federal Márcio Labre (PSL) cobrou autocrítica dos colegas e disse que é hora de "renunciar ao estrelismo" e "parar de culpar terceiros"...
O grupo de WhatsApp dos bolsonaristas virou sessão de terapia.
Em meio ao recado das urnas no último domingo para os apoiadores de Jair Bolsonaro, o deputado federal Márcio Labre (PSL) cobrou autocrítica dos colegas e disse que é hora de “renunciar ao estrelismo” e “parar de culpar terceiros”, por exemplo.
Bia Kicis rapidamente respondeu: “Perfeito!”.
Em seguida, o deputado Coronel Chrisóstomo propôs uma reunião de emergência, “com discurso conciliador e sem ressentimentos”, e escreveu:
“Precisamos de um rumo para 2022.”
Labre, então, deu uma bronca no grupo, em mensagem à qual O Antagonista teve acesso na íntegra:
“Isso só será possível com um gesto de abstinência voluntária de selfies com o presidente no café do manhã, almoço, jantar, inaugurações e carona em jatinho da FAB.”
Ele emendou:
“Acho que já deu para entender que ficar soltando stories para dizer que é íntimo do presidente adiantou porra nenhuma, né? Além de se abdicar um pouco dessa cocaína de likes no Instagram, cada um de nós precisa entender que já passou da hora de sentar o traseiro numa mesa de reunião gigante, à base de café e água, e só sair dali quando o grupo estiver com objetivos bem claros, devidamente acordados e efetivamente postos em prática.”
Labre concluiu:
“Caso contrário, podemos curtir mais dois anos nesta vibe de ‘otoridade’ e, em 2022, a gente volta para a rotina de simples mortais. Eu não vim aqui para isso.”
Os bolsonaristas do PSL sabem que, rachados, acabaram abrindo espaço para o Centrão — o PP de Ciro Nogueira, por exemplo, acredita que o presidente, hoje sem legenda, se filiará ao partido, o que, claro, preocupa os “bolsonaristas raiz”, como noticiamos.
Leia também aqui o que disse a este site o deputado José Medeiros, da ala bolsonarista do Podemos.
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