Diretoria responsável por contratar laboratório pede demissão
Integrantes da Fundação Saúde entregam cargos a Cláudio Castro
Integrantes da diretoria da Fundação Saúde, empresa pública do Rio responsável por assinar contrato com o laboratório PCS Lab Saleme, entregaram os cargos ao governador, Cláudio Castro (PL), nesta segunda-feira, 21. O chefe do estado do Rio confirmou a exoneração de todos os integrantes, em decorrência do escândalo dos seis pacientes infectados por HIV após transplantes de órgãos.
Quem abre a lista de dispensas é o diretor executivo da Fundação, João Ricardo da Silva Pilotto, que assinou o contrato com o laboratório em dezembro do ano passado. Além dele, os seguintes cargos serão trocados: diretoria administrativa e financeira, recursos humanos, planejamento e gestão, técnico-assistencial e diretoria jurídica.
Proximidade com Dr.Luizinho
Dois sócios do PCS Lab Saleme são ligados ao ex-secretário de saúde e deputado federal Dr.Luizinho (PP). O parlamentar é primo do sócio Matheus Sales Teixeira Vieira e ‘sobrinho de consideração’ de Walter Vieira, o outro sócio.
Dr.Luizinho comandou a pasta no período de janeiro a setembro de 2023, enquanto o contrato com o PCS Saleme foi assinado em dezembro do mesmo ano, logo após sua saída. O processo de contratação, porém, durou mais de três anos, passando pelo período em que o parlamentar comandava a pasta. Ele nega todas as acusações.
Criança e idoso infectados
O Ministério Público enviou à Justiça do Rio uma representação com análise de que o laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelos exames, emitiu a crianças dezenas de laudos com falso negativo para HIV. Uma das solicitações do MP, acatada pela justiça, era a prorrogação da prisão de quatro ex-integrantes do PCS Lab Saleme.
Já neste domingo 20, um idoso foi internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, em decorrência de um transplante de fígado com HIV positivo.
Pasta coloca Centro de Emergência à disposição
A Secretaria de Saúde instalou um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COES), na última terça-feira, 15, para acompanhar as ações e os desdobramentos relativos aos casos de contaminação de transplantados. De acordo com a pasta, a medida visa acolher os pacientes e dar mais segurança aos procedimentos relacionados a transplantes, para que não haja um novo episódio.
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