Direção de penitenciária de Mossoró é afastada após fuga Direção de penitenciária de Mossoró é afastada após fuga
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Direção de penitenciária de Mossoró é afastada após fuga

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4 minutos de leitura 14.02.2024 20:58 comentários
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Direção de penitenciária de Mossoró é afastada após fuga

Mossoró foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima

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Direção de penitenciária de Mossoró é afastada após fuga
Foto: Divulgação/ Secretaria Nacional de Políticas Penais

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afastou o diretor da penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, após a fuga de dois detentos.

Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima.

No lugar do diretor afastado, Lewandowski escalou um interventor para comandar o presídio.

“O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade”, diz nota oficial

“O policial penal federal que assumirá o presídio já está na cidade. Ele embarcou para o local, na tarde desta quarta-feira (14), com o Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia”, acrescenta.

Leia também: Fuga em Mossoró abre primeira crise para Lewandowski no Ministério da Justiça

Leia também: A fuga de Lewandowski

Quem são os fugitivos?

Dois detentos conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada na região Oeste do Rio Grande do Norte, na manhã desta quarta-feira, 14.

Essa é a primeira vez que uma fuga é registrada no sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima em todo o país.

Segundo o G1, os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, também conhecido como Tatu ou Deisinho. Ambos são originários do Acre e estavam detidos na penitenciária de Mossoró desde o dia 27 de setembro do ano passado.

De acordo com informações obtidas, os dois homens possuem ligação com o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do país. O narcotraficante Fernandinho Beira-Mar também está preso na mesma unidade.

Rogério e Deibson foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após se envolverem em uma rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, localizado em Rio Branco, capital do Acre. Essa rebelião resultou na morte de cinco detentos, sendo que três deles foram decapitados.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou que recebeu um pedido de apoio para recapturar os fugitivos e já está prestando toda a assistência necessária. Além disso, a Secretaria de Administração Penitenciária do estado também está colaborando com as operações de busca.

Sistema Penitenciário Federal

Segundo informações presentes no site da Senappen, desde a sua criação, o Sistema Penitenciário Federal (SPF) tem sido uma referência em disciplina e procedimentos, uma vez que nunca registrou nenhuma fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias.

Além da penitenciária de Mossoró, o sistema federal conta com presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Essas unidades são destinadas ao acolhimento de presos considerados de alta periculosidade.

Histórico problemático dos presídios potiguares

Apesar dessa ser a primeira fuga registrada no presídio federal de Mossoró, o Rio Grande do Norte tem um histórico problemático em relação aos presídios do sistema estadual. Um dos casos mais emblemáticos foi o Massacre de Alcaçuz, ocorrido em 2017, que resultou na morte de 27 pessoas e na fuga de mais de 50 detentos da maior penitenciária do estado.

Em março de 2023, mais de 300 ataques coordenados por uma facção criminosa foram realizados em várias cidades do Rio Grande do Norte. Os criminosos atiraram contra imóveis e veículos, além de provocarem incêndios criminosos em prédios públicos, privados, carros e ônibus.

De acordo com o Ministério Público, a motivação para esses ataques foi a insatisfação dos detentos com a suspensão de regalias, incluindo as visitas íntimas, que estavam proibidas desde o massacre de Alcaçuz.

Os líderes das facções responsáveis pelos ataques foram transferidos para o sistema penitenciário federal como forma de conter a violência no estado.

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