A fuga de Lewandowski
Ministro da Justiça precisa dar explicações sobre falha de segurança em presídio federal e força do crime organizado no Rio Grande do Norte, estado governado pelo PT
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski (à direita na foto), não disse nada até agora – 18h30 desta quarta-feira, 14 – sobre a primeira fuga de detentos na história dos presídios federais.
Sua pasta informou que um inquérito foi aberto para apurar os fatos.
O secretário nacional de Políticas Penais, André de Albuquerque Garcia, voou para o Rio Grande do Norte, onde fica a Penitenciária Federal de Mossoró.
Mas o próprio Lewandowski ficou de bico calado.
É hora de falar
Se a verborragia de Flávio Dino (à esquerda na foto) era ruim, o silêncio em situações inéditas como essa também é.
Políticos têm o dever de prestar contas, ao contrário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que só deveriam falar nos autos dos processos.
O novo ministro do MJ, que também é um ex-ministro do STF, parece não saber qual o comportamento adequado para cada função. Ou faz de conta que não sabe.
Os dois bandidos fugitivos são integrantes do Comando Vermelho do Acre. Haviam sido transferidos pouco tempo atrás.
De alguma forma, a facção criminosa parece ter conseguido se infiltrar no presídio federal, permitindo que escapassem.
Dever de prestar contas
O dever de prestar esclarecimentos de Lewandowski é ainda maior porque o partido de seu chefe, o presidente Lula, também comanda o Rio Grande do Norte.
A governadora petista Fátima Bezerra não administra a Penitenciária de Mossoró, mas é responsável pelo que acontece no entorno dela.
Porta de saída de drogas transportadas para a Europa e a África, o Rio Grande do Norte está tomado pelo crime organizado.
Nem a Secretaria Estadual de Segurança nem o Ministério da Justiça se mostram capazes de lidar com o problema.
Não fuja, Lewandowski. O país quer ouvir suas explicações.
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