Dilma: enterrada pelas urnas
Dilma Rousseff entrou na disputa por uma vaga no Senado com a pretensão de ser consagrada pelos mineiros -- o que, no raciocínio dela, ratificaria a narrativa do "golpe de 2016". Ela liderou as pesquisas de intenção de voto, mas...
Dilma Rousseff entrou na disputa por uma vaga no Senado com a pretensão de ser consagrada pelos mineiros — o que, no raciocínio dela, ratificaria a narrativa do “golpe de 2016” e, claro, o foro privilegiado.
Ela liderou as pesquisas de intenção de voto, mas terminou a campanha em um vexatório quarto lugar, apesar da candidatura mais cara ao Senado.
A quem culpar, em uma situação como essa?
O então juiz da Lava Jato tornou pública, antes da eleição, a delação de Antonio Palocci em que ele acusa a ex-chefe de participar de reunião para tratar do “interesse corrupto” do PT no pré-sal, em 2010.
Logo depois de ser enterrada nas eleições, Dilma virou ré (ao lado de Lula, Mantega, Palocci e Vaccari) no processo do “quadrilhão do PT”.
A denúncia, apresentada em 2017 pelo então PGR, Rodrigo Janot, foi aceita no final de novembro pelo juiz Vallisney Oliveira.
Na primeira semana de dezembro, o Ministério Público Federal propôs uma ação por improbidade administrativa contra Dilma, Mantega e a equipe econômica da petista, pelas pedaladas fiscais que levaram ao impeachment.
Uma semana antes, Dilma havia escapado do processo criminal aberto por causa das mesmas pedaladas.
Obrigado a arquivar a denúncia porque o crime prescrevera, o juiz Francisco Codevila mostrou-se indignado: “Há algo errado!”
Sempre há.
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