“Diálogos inteiros podem ter sido forjados pelo hacker”, diz força-tarefa da Lava Jato
A força-tarefa do MPF no Paraná divulgou mais uma nota à imprensa sobre as "investidas criminosas contra celulares" de integrantes da Lava Jato. O comunicado faz referência ao recente ataque de um hacker que invadiu grupo de discussão de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)...
A força-tarefa do MPF no Paraná divulgou mais uma nota à imprensa sobre as “investidas criminosas contra celulares” de integrantes da Lava Jato.
O comunicado faz referência ao recente ataque de um hacker que invadiu grupo de discussão de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Distorcendo fatos, o hacker enviou mensagens com o objetivo claro de desacreditar a imagem de integrantes da força-tarefa, estimulando ainda que seu interlocutor as compartilhasse com o viés de ‘queimar a imagem’ dos integrantes do MPF.”
Confira:
A divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por esse contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido. Além disso, diálogos inteiros podem ter sido forjados pelo hacker ao se passar por autoridades e seus interlocutores. Uma informação conseguida por um hackeamento traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará vazão à divulgação de fake news.
Após a divulgação do primeiro comunicado da força-tarefa na noite do último domingo (9), também há notícia de ataques a jornalistas, a integrantes do Poder Executivo e do Poder Judiciário e a conselheiros do CNMP. Os relatos dos fatos foram incluídos nas investigações em curso, e a força-tarefa, em virtude da continuidade dos ataques, redobrou as cautelas de segurança.
O ataque em grande escala, em plena continuidade, envolvendo integrantes do Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Executivo e imprensa, revela uma ação hostil, complexa e ordenada, típica de organização criminosa, agindo contra as instituições da República. É necessário não apenas identificar e responsabilizar o hacker, mas também os mandantes e aqueles que objetivam se beneficiar desses crimes a partir de uma ação orquestrada contra a operação Lava Jato.
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