Desafeto de Lira, Padilha ficou em silêncio no happy hour de Lula
O encontro feito por Lula no Palácio da Alvorada contou com a presença de diversos líderes partidários e do presidente da Câmara
Ministro das Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo com o Congresso, Alexandre Padilha, não discursou durante o happy hour promovido pelo presidente Lula (PT) nesta quinta-feira, 22. O encontro no Palácio da Alvorada contou com a presença de diversos líderes partidários e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Padilha e Lira romperam relações no final do ano passado e, desde então, Lula escalou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para fazer sua interlocução junto ao presidente da Câmara. Durante o encontro no Alvorada, que durou cerca de duas horas, discursaram apenas o presidente, Lira e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT).
Lula fez um aceno para Padilha e agradeceu pela sua atuação juntos aos líderes Legislativo. Já Guimarães elogiou a boa relação com Lira e agradeceu ao presidente da Câmara pelos projetos aprovados no ano passado.
Arthur Lira, por sua vez, disse que o Parlamento estava aberto a ajudar o governo, celebrando os entendimentos com o Palácio do Planalto.
Além de Padilha e de Rui Costa, estiveram presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia. Entre os líderes, compareceram, entre outros, Elmar Nascimento (União-BA), Antonio Brito (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Dr. Luizinho (PP-RJ), Odair Cunha (PT-MG) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Lula cedeu
O presidente Lula (PT) cedeu a pressão do Centrão e vai elaborar um calendário de pagamentos de emendas parlamentares. O cronograma havia sido inserido pelos parlamentares no Orçamento deste ano, mas o petista havia vetado, o que desagradou o Congresso.
Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o acordo costurado prevê a liberação das emendas até o dia 30 de junho. A data é o limite para esse tipo de pagamento antes do período eleitoral.
Padilha afirma que o veto será mantido oficialmente, porque há a avaliação de que a sua derrubada iria ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, o governo fechou um acordo com esses parlamentares para que o calendário de emendas impositivas, que são as individuais e de bancada, sejam pagas até o limite das vedações eleitorais.
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