Bolsonarista que arrebentou cartaz sobre racismo na polícia recebe só “censura verbal”
O Conselho de Ética acaba de aprovar uma "censura verbal" ao deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) por arrancar, danificar e pisotear em um cartaz de uma exposição contra o racismo – dentro da Câmara...
O Conselho de Ética acaba de aprovar uma “censura verbal” ao deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) por arrancar, danificar e pisotear em um cartaz de uma exposição contra o racismo – dentro da Câmara.
A censura verbal foi aprovada por 12 votos a 5.
Na terça passada (15), o deputado João Marcelo Souza (MDB-MA), relator da representação, considerou que a censura verbal era suficiente como “punição” a Tadeu. Ele disse hoje ao conselho não ter enxergado o crime de racismo no caso, “se não o relatório seria outro, vocês podem ter certeza”.
O cartaz quebrado por Tadeu tinha o título ‘Genocídio da População Negra’ e um cartum de Carlos Latuff. O ataque foi em novembro de 2019 e registrado em vídeos, um deles do próprio deputado. Logo depois de danificar o cartaz, Tadeu celebrou o feito com o colega Daniel Silveira (PSL-RJ).
A exposição lembrava o Mês da Consciência Negra.
Alguns deputados do Conselho acharam a censura verbal insuficiente.
Marcelo Nilo (PSB-BA) propôs censura por escrito. Orlando Silva (PCdoB-SP) propôs suspensão das prerrogativas regimentais de Tadeu. Leo de Brito (PT-AC) sugeriu suspensão do mandato. Ivan Valente (PSOL-SP) também pediu aumento da pena, sem especificar a extensão.
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