O deputado federal Charlles Evangelista, ainda no PSL de Minas Gerais, disse que as manifestações de policiais e bombeiros em Belo Horizonte são “direito legítimo”.

“O governo fez um acordo, lá atrás, que está tendo dificuldade de cumprir. Acredito que, mesmo que não consiga cumprir integral, vai ter que abrir negociação com as forças de segurança e ceder em alguma coisa. Ninguém é obrigado a tratar nada, mas se tratou é obrigado a cumprir”, disse ele a O Antagonista.

O parlamentar acrescentou que apoia o governador do estado, Romeu Zema (Novo), mas afirmou que tem que se juntar às “categorias que estão manifestando de forma ordeira e justíssima”.

Ponderamos que muitos dos manifestantes estavam nas ruas ontem armados, chegaram a amarrar cordas em semáforo para impedir o trânsito e ameaçaram jornalistas.

“Atos isolados. É de responsabilidade de cada um e cada um terá de responder por isso. Sou a favor [da manifestação] na ordem”, afirmou Evangelista.

Ontem, o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também saiu em defesa dos manifestantes, que, após o protesto no centro de Belo Horizonte, confirmaram a greve. “A reivindicação das forças de segurança de Minas Gerais é legítima e de direito. É dever do governo do Estado ouvi-las e estar aberto à negociação. Espero que as partes mantenham a ordem, a paz e a civilidade”, escreveu Pacheco no Twitter. O senador é correligionário e aliado do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que disputará o governo em outubro.