Deputada ‘madrinha’ de milícia se defende na Alerj
As investigações apontam que Lucinha seria aliada da maior milícia da Zona Oeste, liderada pelo miliciano Zinho
A deputada estadual Lúcia Helena de Amaral Pinto, conhecida como Lucinha (PSD, foto), compareceu nesta terça-feira ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para prestar esclarecimentos sobre as acusações de seu suposto envolvimento com uma milícia que atua na cidade do Rio de Janeiro.
As investigações apontam que Lucinha seria aliada da maior milícia da Zona Oeste, liderada pelo miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. Essa região é considerada o reduto eleitoral da deputada.
Segundo reportagem do O Globo, durante o depoimento, Lucinha negou veementemente as acusações e se mostrou otimista em relação ao resultado do processo que pode culminar em sua cassação.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais após a reunião, a deputada expressou confiança nos representantes do Conselho de Ética, afirmando que acredita na imparcialidade deles e se considera uma futura vitoriosa.
Após o depoimento da deputada, o presidente do Conselho de Ética, Julio Rocha (Agir), decidiu encerrar a fase de produção de provas e oitivas do processo contra Lucinha. Agora, ela tem até o dia 10 de junho para apresentar sua defesa final por escrito. Após a entrega das alegações finais, o relator Vinícius Cozzolino terá um prazo de 10 dias para elaborar seu parecer, que será votado pelos sete deputados que compõem o Conselho.
É importante ressaltar que, independentemente do resultado no Conselho de Ética, o destino político de Lucinha será decidido pelos outros 69 deputados no plenário da Alerj.
Lucinha destina verba de R$ 1 mi para secretaria do filho
Uma análise das propostas de emendas ao orçamento do Estado do Rio apresentadas pelos 70 deputados estaduais revelou algumas destinações específicas e curiosas. Algumas dessas propostas direcionam recursos para municípios ou entidades comandadas por aliados ou parentes, enquanto outras não especificam a destinação final dos recursos.
Essa pesquisa foi realizada pelo jornal O Globo, com base em informações obtidas através da Lei de Acesso à Informação (LAI) e compiladas do Diário Oficial do estado, referentes ao primeiro orçamento impositivo do parlamento fluminense.
No caso da deputada estadual Lucinha (PSD), que está sendo investigada por supostos vínculos com uma milícia que domina seu reduto eleitoral na Zona Oeste do Rio, suas quatro emendas têm destinos bem definidos.
Emenda para a secretaria do filho de Lucinha
A emenda de maior valor, no montante de R$ 1 milhão, é destinada ao Fundo Municipal de Saúde da capital para firmar um convênio com a Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável.
Essa secretaria era comandada pelo filho da parlamentar, Junior da Lucinha. Além de direcionar recursos estatais para o órgão controlado por seu herdeiro político, a deputada definiu que o projeto seja realizado na Área de Planejamento 5, que engloba os bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Sepetiba, locais onde ambos focam suas campanhas. As outras três emendas também têm como destino essa mesma região.
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