Democracia brasileira tem “dívida de gratidão” com Moraes, diz Alckmin
Além de atuar "fora do rito" para avançar o inquérito das fake news no STF, Alexandre de Moraes ordenou a suspensão "imediata, completa e integral" do X
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) voltou a defender seu ex-secretário de Segurança Pública no governo de São Paulo e ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 2.
Além de atuar “fora do rito” para avançar o inquérito das fake news no STF, escândalo batizado por O Antagonista de Vaza Toga, Moraes ordenou na sexta, 30, a suspensão “imediata, completa e integral” da rede social X, do bilionário Elon Musk, no Brasil.
Questionado sobre a decisão monocrática que bloqueou o X, do bilionário Elon Musk, Alckmin disse acreditar que a sentença não abrirá um precedente contra a liberdade de expressão.
“Entendo que não. O ‘x’ da questão é que o Elon Musk precisa cumprir a lei. Não é porque é bilionário que não precisa cumprir a lei. A lei é civilizatória, estabelece regra para todos, bilionário, não bilionário. O que precisa é cumprir a legislação brasileira.”
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E a imagem do Brasil no exterior?
Para Alckmin, o bloqueio do X “não impacta em nada” a imagem do país no exterior.
“Só mostra que o Brasil é um país democrático e isso é importante para investimento, porque é nas democracias que você tem segurança jurídica. Aliás, o Brasil, no ano passado, foi o segundo receptor de investimentos no mundo.”
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“Dívida de gratidão” com Moraes
Alckmin afirmou também que Moraes “salvou” a democracia brasileira, que tem uma “dívida de gratidão” com o ministro do STF.
“Como ministro da Suprema Corte e presidindo o Tribunal Superior Eleitoral, enfrentou [os ataques às urnas eletrônicas]. É inacreditável questionar a urna eletrônica. Você tem um filho eleito vereador, o outro filho eleito deputado federal, o outro filho eleito senador, o pai eleito presidente da República, e a urna eletrônica não vale mais? É o contrário. Entendo que a democracia brasileira tem uma dívida de gratidão com o Poder Judiciário, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes.“
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