Deltan: “Sensação de que o sistema venceu batalha contra mim”
O deputado Deltan Dallagnol (Podemos, foto) voltou a falar sobre a cassação de seu mandato, determinada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa. Em entrevista ao Roda Vida, da TV Cultura, o ex-procurador da Lava Jato disse ter a sensação de que o “sistema venceu uma grande batalha” contra ele...
O deputado Deltan Dallagnol (Podemos, foto) voltou a falar sobre a cassação de seu mandato, determinada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa. Em entrevista ao Roda Vida, da TV Cultura, o ex-procurador da Lava Jato disse ter a sensação de que o “sistema venceu uma grande batalha” contra ele.
Questionado sobre o que pretende fazer no futuro, Deltan afirmou:
“É um momento de reflexão, é um momento muito difícil para mim. Eu acreditei que nós conseguiríamos mudar o sistema de corrupção, achei que pessoas como Eduardo Cunha, Aécio Neves e Beto Richa não estariam de novo no Congresso Nacional. Eu acreditei que era possível vencer o sistema. À medida que o sistema nos amarrou e começou a derrubar as investigações, eu busquei não desistir. A sensação que eu tenho é que o sistema venceu uma grande batalha contra mim. O sistema não quer renovação.”
Durante o programa, o deputado cassado também afirmou que, que avaliando o governo de Lula, não pensa “duas vezes em defender Bolsonaro”. Deltan disse não concordar com tudo que o ex-presidente faz e fala, mas destacou que não vai “ficar dividindo a direita”.
“Eu vejo um país que teve uma balança comercial recorde em 2021 e 2022, superando todos os anos anteriores. Eu vejo um país que reduziu a pobreza em 2020, durante a pandemia. Vejo um governo que fez reforma previdenciária, reforma do saneamento e independência do Banco Central, que agora está sendo atacada”, afirmou o ex-procurador, sobre a gestão Bolsonaro.
Deltan também comentou as prisões de suspeitos de envolvimento no 8 de janeiro. O deputado cassado afirmou que o Ministério Público Federal e o Judiciário deveriam individualizar a conduta dos investigados por participação na invasão às sedes dos três Poderes.
“Você precisa dizer o que cada um fez, e você tem câmeras de segurança para isso, para individualizar o que cada um fez. Nunca na Lava Jato a gente acusou qualquer pessoa sem ter uma individualização da conduta, isso é exigido pela Lei. Quando você não tem isso, você tem uma prisão ilegal”, argumentou o ex-procurador.
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