Deltan acusa site de distorcer fatos e manipular opinião pública
Em um longo fio na sua conta do Twitter, Deltan Dallagnol (foto) criticou The Intercept Brasil por omitir informações no caso da juíza de Santa Catarina que impediu uma criança de 11 anos de abortar e comparou o caso aos ataques que sofreu do site quando chefiava a Lava Jato...
Em um longo fio na sua conta do Twitter, Deltan Dallagnol (foto) criticou The Intercept Brasil por omitir informações no caso da juíza de Santa Catarina que impediu uma criança de 11 anos de abortar e comparou o caso aos ataques que sofreu do site quando chefiava a Lava Jato.
“O ‘jornalismo’ do @TheInterceptBr é o da deturpação e destruição e isso ficou provado mais 1 vez na notícia do estupro da menina de 11 anos de SC. Eles omitiram da matéria informações essenciais para manipular a opinião pública, assim como faziam na Vaza Jato”, escreveu o procurador.
Após a publicação da reportagem pelo site, descobriu-se que o estuprador era um adolescente de 13 anos. Deltan, que é evangélico, acusou o Intercept de omitir “inteiramente o contexto das perguntas da juíza à menina, que agora sabemos estava grávida de 1 outra criança de 13 anos, e não de um pedófilo/estuprador adulto, como o texto dava a entender e como toda a sociedade de fato entendeu”.
“@TheInterceptBr violou o sigilo do processo, a vida e a intimidade das crianças e da família. Causou a demonização e destruição da vida e reputação da juíza do caso por meio da omissão e manipulação dos fatos. Isso te lembra alguma coisa? Pois é, conheço bem o que é isso”, continuou o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato.
Deltan prossegue: “Vou revelar aqui algo que nunca falei publicamente: lá no início da Vaza Jato [a divulgação das mensagens privadas, roubadas por hackers, de Deltan e outros personagens da operação, como Sergio Moro], nós (equipe de procuradores) avaliamos responder TODOS os questionamentos e perguntas do @TheInterceptBr e conceder quantas entrevistas fossem necessárias a eles para ESCLARECER todas as dúvidas.”
“Conforme saíam as reportagens, logo ficou claro que eles estavam distorcendo e manipulando todos os fatos da maneira mais conveniente pra eles. (…) Logo vimos que não adiantava tentar colaborar com o @TheInterceptBr sobre as supostas mensagens (lembrando que é muito difícil reconstituir contextos de anos atrás), porque o propósito era distorcer e manipular a opinião pública contra a Lava Jato”, escreveu o procurador.
Deltan também acusou o Intercept de “militância política para destruir a Lava Jato” e afirmou que, para o site, “fatos eram opcionais”. Citou ainda a investigação do STJ que concluiu que a operação não investigara ministros, o que seria ilegal.
“É quase 1 jornalismo ao contrário. Isso aconteceu durante toda a Vaza Jato, aconteceu no caso Mari Ferrer com a frase ‘estupro culposo’ e agora também no caso da menina de SC, ou seja, é um padrão de trabalho deles manipular a opinião pública para atingir 1 objetivo político”, concluiu o procurador.
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