A delação do fim do mundo adiantada
Em 1º de março, antes de a tão aguardada "delação do fim do mundo" da Odebrecht se tornar pública, O Antagonista teve acesso em primeira mão ao conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht ao ministro Herman Benjamin, no processo do TSE que terminaria por absolver a chapa Dilma-Temer, apesar das abundantes provas de crimes na campanha de 2014...
Em 1º de março, antes de a tão aguardada “delação do fim do mundo” da Odebrecht se tornar pública, O Antagonista teve acesso em primeira mão ao conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht ao ministro Herman Benjamin, no processo do TSE que terminaria por absolver a chapa Dilma-Temer, apesar das abundantes provas de crimes na campanha de 2014.
O depoimento do “príncipe dos empreiteiros” foi, de fato, devastador.
Odebrecht revelou que 80% das doações à campanha de Dilma à reeleição haviam sido feitos no caixa dois, num total de 150 milhões de reais.
Ele disse também que Dilma sabia de todo o esquema de financiamento ilícito de campanha e fora ela quem havia escolhido Antonio Palocci como sucessor de Guido Mantega na interlocução com a empreiteira para tratar de toda a contabilidade ilegal.
Por fim, o empreiteiro disse ao ministro que foi ele, Odebrecht, o “inventor” da candidatura à reeleição.
Na ocasião, O Antagonista também confirmou outro furo do site: Hildeberto Mascarenhas, operador do departamento de propinas, havia garantido a Herman Benjamin que o “Amigo” das planilhas de pagamento ilícito era mesmo Lula.
Três semanas depois, O Antagonista divulgou — também em primeira mão — o depoimento oficial de Marcelo Odebrecht, tal como ele foi anexado no processo do TSE.
Horas depois, o Jornal Nacional divulgou as informações, destacando o furo de O Antagonista.
A delação e as provas apresentadas por Odebrecht foram ignoradas pelo TSE, mas a Justiça continua a ser feita pela Lava Jato, apesar dos golpes desferidos em Brasília contra a Operação.
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