Defesa Civil anuncia gabinete de crise para monitorar ‘novo temporal’
Órgão vai deslocar agentes para a central de monitoramento da Enel
Para evitar uma nova crise na região metropolitana, como a que atingiu mais de três milhões de pessoas desde a última sexta-feira, 11, em São Paulo, a Defesa Civil Estadual anunciou, na quinta-feira, 17, uma série de medidas para evitar problemas diante de uma eventual tempestade prevista para o período entre sexta-feira, 18, a domingo, 20.
Uma reunião entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o comandante da Defesa Civil Estadual, coronel Hengue Ricardo Pereira, e representantes de concessionárias fornecedores da energia elétrica definiu as seguintes medidas para os próximos dias.
- A instalação de um gabinete de crise no Palácio dos Bandeirantes.
- deslocamento de agentes para a central de monitoramento da Enel
- posicionamento de geradores em locais estratégicos, como perto de centrais de abastecimento da Sabesp e hospitais
- disponibilização de 5 mil homens da Defesa Civil
De acordo com a Defesa Civil, o estado pode enfrentar pancadas de chuva e rajadas de vento acima de 60km/h. Um alerta foi emitido devido à passagem de uma frente fria, inclusive com a possibilidade de quedas de granizo em pontos isolados de São Paulo.
Defesa Civil também faz coro a Tarcísio
Assim como Tarcísio, o coronel Hengue Ricardo Pereira é outro a exigir “mais transparência” da Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica.
“A gente está cobrando maior efetividade da empresa. Quando eles dizem lá de 700 a 1.200 homens, equipes na rua, agora a gente vai enxergar isso. Quando eles falam que vão colocar cinco geradores de grande porte já posicionados em locais pré-determinados, para não impactar saúde e educação, a gente vai cobrar agora, porque a gente vai estar dentro do centro de operações com mais transparência daquilo que tem que ser disponibilizado para a população”, afirmou o coronel.
Tarcísio liderou o discurso de forma mais incisiva contra a Enel desde a última terça-feira, 15, quando se reuniu com Nunes e prefeitos de São Paulo e enviaram uma carta com solicitações a Augusto Nardes, ministro do TCU.
No dia seguinte ao envio, na quarta-feira, 16, Nardes respondeu ao pedido feito e determinou uma medida cautelar solicitando que a Enel dê acessos às informações do centro de controle à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsep) em um prazo de quinze dias.
Nardes também endossou as falas de Tarcísio contra a concessionária.
“A situação é muito grave e sinto que não há eficiência da empresa. Participei de longa reunião com o governador e os prefeitos. Pedem indicadores regulatórios e dizem que há ineficiência de envio de informações. Conversei longamente com a Aneel e os planos não são cumpridos pela concessionária”, disse Nardes.
Mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem luz
A Enel admitiu que o apagão que atingiu deixou 3,1 milhões de imóveis sem energia elétrica, ao contrário do que havia sido divulgado pela empresa nos dias anteriores, quando informou o número de 2,1 milhões sofrendo sem o serviço. A título de comparação, a quantidade de atingidos é superior ao mesmo evento de novembro do ano passado, quando 2 milhões de imóveis ficaram sem energia elétrica.
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